ENTENDENDO SOBRE OS EBIONITAS
ENTENDENDO SOBRE OS EBIONITAS
Entendimento
Nesta pagina você encontrará a explicação das alterações feitas no Evangelho de Matityahu e das correções aplicadas na versão restaurada do Evangelho segundo Matityahu. Você terá o entendimento da história de Yeshua conforme foi contada originalmente por Matityahu.
Para visualizar o critério da correção do Evangelho dos Ebionitas, também chamado Evangelho segundo os Hebreus, clique neste link: Critério de Correção.
Matityahu 1:1
No primeiro capítulo do livro de Matityahu, como se pode notar, foi escrito no intuito de relatar a linhagem de Yeshua.
Conforme o texto dos Evangelhos hebraicos de Du Tillet e Shem Tov constam, referindo-se a Yeshua o nome 'Yeshu' em quase todos os versos do documento de Matityahu hebraico . De acordo com o judaísmo rabínico é costume do mesmo se dirigir ao Nazareno por este nome. Já, em poucos versos, apenas três passagens são encontrados o nome ‘Yeshua’ atribuindo-se ao Mashiach no texto hebraico de Matityahu, Mat. 1:16 e 1:21,25. De acordo com a antiga Síriaca, o nome do Nazareno está preservado como ‘Yeshua’, e conforme a própria tradição judaica o nome 'Yeshu' é apenas uma abreviação. Isto também explica o motivo pelo qual os judeus, de quem possuíam os manuscritos hebraicos de Matityah teriam preservado o seu nome através destas poucas passagens.
A linhagem de Yeshua é obrigatória, pois é através dela que se identifica o cumprimento da profecia referente a filiação de David.
Assim Matityahu registra a linhagem de Yeshua no intuito de deixar claro aos nazarenos que em Yeshua estas profecias terão cumprimento:
Bereshit 18:18, 28:14, 49:10, Bamidbar 24:17, Yesha’yahu 9:7, 11:1-5, Yrmyahu 23:5, Tehillim 132:11, Shemuel bet 7:13.
A genealogia de Yeshua segundo Matityahu não foi escrita no intuito de numerar (ou contar o número) descendentes, mas sim para registrar a filiação de Yeshua em relação a David. Por esta razão, Matityahu resumiu muitos descendentes que se encontram no Tanach, na qual ele não escreve. Isto se vê no primeiro verso: “Estas são as gerações de Yeshua, filho de David, filho de Avrahan”.
Sua genealogia muito difere das que se encontram em outras histórias de Yeshua, como, por exemplo, a que foi escrita por Lucas.
Em Matityah 1:8 do Evangelho de Du Tillet encontra-se o nome “Uziyahu”. Em Matityah 1:9 do Evangelho de Du Tillet encontra-se “Hizkiyahu”. Em Matityah 1:10-11 do Evangelho de Du Tillet consta-se “Yoshiyahu”. Em Matityah 1:13 do Evangelho de Du Tillet consta a seguinte frase: “... Avihud gerou a Avner; Avner gerou a Elyakim;...”; diferentemente das frases cristãs "Aviud gerou Elyakim". Em Matityah 1:14 do Evangelho de Du Tillet e no Evangelho de Munster constam o nome: “Amon”.
Matityahu 1:1-16
A genealogia apresentada por Matityahu em seu evangelho se baseia no Tanach e está correta. Porém existem outras genealogias presentes em outros documentos que dizem respeito a serem de Yeshua. Como por exemplo, a genealogia segundo Mateus que se encontra no evangelho dos cristãos, a genealogia de Yeshua que se encontra no evangelho de Mateus chamado de Peshitta aramaica, e a genealogia de Yeshua segundo o evangelho de Lucas.
Ora, a genealogia de Mateus que é utilizada pelos cristãos apresenta o nascimento virginal.
O nascimento virginal é heresia. Isto se prova pela enorme variação textual em vários manuscritos de Matityahu, comparando-se com a cultura grega e romana de semideuses. Nos escritos dos pais da igreja, relata-se que nos primeiros séculos da era cristã os Judeus prosélitos, os líderes, e os ebionitas, que acreditaram em Yeshua não acreditavam na heresia da divindade de Jesus, e nem no nascimento pelo espírito santo.
“Mas não como alguns alegam, entre aqueles que agora a pretensão de expor a Escritura, [assim]: Eis que uma jovem mulher conceberá e dará à luz um filho, Isaías 7:14 como Theodotion o Éfeso interpretou, e Aquila de Pontus, tanto Judaico prosélitos. Os ebionitas, seguindo estes, afirmam que Ele foi gerado por Joseph”. – (Irineu em Contra Heresias, cap.21:1).
“Aqui ele não observou que os judeus convertidos não abandonaram a lei dos seus pais, já que eles vivem de acordo com suas prescrições, recebendo o seu próprio nome da pobreza da lei, de acordo com a acepção literal da palavra; porque ebion significa "pobre" entre os judeus, e esses judeus que receberam Jesus como Cristo são chamados pelo nome de ebionitas.” – (Orígenes (185-254 d.C.), Contra Celso cap.2:1).
Com isto, revela-se que a doutrina do nascimento virginal de Yeshua tem sua origem no paganismo.
No Evangelho segundo Matityah de Shem Tov consta: “E Ya’akov gerou a Yosseph, este Yosseph é o esposo de Miryam, a mãe de Yeshua, o chamado Mashiach”. No Evangelho segundo Matityah de Du Tillet consta: “Ya’akov gerou Yosseph, esposo de Miryam, nasceu Yeshua chamado: Mashiach”. Nos manuscritos a, g1, k e q da versão latina antiga diz o seguinte: “E Jacó gerou a José, ao qual estava compromissada a virgem Maria, gerou Jesus, o chamado Cristo”. Segundo “Dialogus Timothei et Aquilae”, relata que Yosseph gerou Yeshua. Nos manuscritos das versões gregas “Theta” e “Fi”, diz que José gerou Jesus. O Manuscrito Sirus Sinaiticus da versão Síriaca antiga relata que José gerou Jesus.
Porém, o evangelho de Mateus do Cristianismo se baseia em Yeshayahu 7:14 para fundamentar a doutrina do nascimento virginal pelo espírito santo. Dizendo que uma virgem teria de dar a luz.
A profecia de Yeshayahu 7:14 não é messiânica, e muito menos pode ser rigorosamente considerada a uma virgem, pois palavra da tradução “virgem” é “almah” que possui significado de “mulher jovem” e não virgem.
O capitulo 7 e 8 de Yeshayahu mostra que a profecia não é messiânica, dizendo que a criança nasceria naquela mesma época, conforme as passagens 7:10,11,12,15,16,21-22, Melachim bet 15:29, 16:9.
A época em que nasceria o Mashiach está escrito em Dani’el 9:25. Na qual difere da época escrita por Yeshayahu. Ainda assim, os cristãos argumentam que Yeshua não pode ser filho de Yosseph porque a linhagem de Yosseph é amaldiçoada por causa da maldição de Yechonyah. Porém eles se esquecem de que em Hagai 2:23 é dito por Elohim que esta maldição foi dissipada. E também para completar, é relatado pelo padre Éfrem da Síria em sua obra Caverna dos Tesouros, que Miryam também é da descendência de Shlomon. O que desmorona o argumento cristão, visto que Miryam também teria de ser amaldiçoada neste caso.
Isto prova que Yosseph gerou Yeshua, e que os primeiros cristãos alteraram a genealogia do texto do apóstolo para basearem suas filosofias pagãs.
A genealogia apresentada na versão Síriaca-Aramaica, chamada de Peshitta, trás a linhagem de Yeshua como tendo por nascimento o mesmo que a linhagem dos cristãos, porém ao invés que trazer Yosseph como marido de Miryam, traduzem do aramaico para o português que Yosseph é pai de Miryam; e isto somente para tentarem conciliar a genealogia de Mateus com a de Lucas, concluindo-se equivocadamente que a palavra aramaica ‘gabra’ neste texto significa pai, ao invés de marido, sendo isto um imenso equivoco da parte deles. O ProtoEvangelho de Tiago, e o texto Caverna dos Tesouros de Éfrem da Síria, dizem que os pais de Miryam são Joaquim (Yônâkhir – Eliaquim, da casa de Davi) e Ana (Dînâ – Hanna, filha de Finéias, da tribo de Levi). E os pais de Yosseph são Jacó (Ya’akov) e Adbitá (Hadhbhith, filha de Eleazar). E Ya’akov é irmão de Yohakhir. Ambos filhos de Shlomon. Desta forma, ambas as genealogias de Mateus usadas pelos cristãos nos escritos gregos e aramaicos estão erradas.
Já a genealogia encontrada no evangelho de Lucas também é falsa. Alguns dizem que ela relata a linhagem de Miryam. Mas isto não é verdade, pois nos versos constam bem claro o nome José. Segundo o Proto Evangelho de Tiago, e pelo texto Caverna dos Tesouros de Éfrem da Síria, os pais de Miryam são Joaquim (Yônâkhir – Eliaquim, da casa de Davi) e Ana (Dînâ – Hanna, filha de Finéias, da tribo de Levi).
E os pais de Yosseph são Jacó (Ya’akov, da casa de Davi) e Adbitá (Hadhbhith, filha de Eleazar, da casa de Davi). Isto é, Ya’akov é irmão de Yohakhir, e ambos filhos de Shlomon.
Conforme a genealogia apresentada por Lucas, José seria filho de Natã, o irmão de Salomão. E este seria outro erro, pois diz que Yeshua não pode ser confirmado em sua genealogia como sendo filho de um só ancestral, pois enquanto Matityahu diz que José é filho de Davi por meio de Salomão, Lucas apresenta José como filho de Davi por meio de Natã. E Lucas também menciona que o pai de José é Heli, enquanto que na verdade o pai de José é Jacó, conforme apresenta Matityahu. Algumas pessoas hoje em dia dizem que neste caso houve aplicação da lei do levirato, ou que Heli seria o Eliaquim, uma variação do nome do pai de Maria, Joaquim. Porém isto é mentira e é improvável, pois na lei do levirato o filho leva o nome do pai, o que não ocorre nas genealogias, e se Heli fosse o Joaquim marido de Ana, novamente Lucas estaria se contradizendo, pois Joaquim é descendente de Salomão.
A genealogia de Lucas está errada também pelos seguintes fatos: não há possibilidade de Natã estar na genealogia, pois a profecia foi feita a Salomão (1º Crônicas 22:9-10). E também mais a frente, em Lucas, mostrará Sealtiel como descendente de Natã, o que não ocorre em Matityahu e nem no Tanach, pois tanto o Tanach como Matityahu defendem que este mesmo Sealtiel é descendente de Salomão, por meio de Roboão.
Também há muitos erros na genealogia apresentada por Lucas com relação a nomes de gerações, por exemplo: em Lucas 3:36, Arfaxade é apresentado como sendo o pai de Cainã, e Cainã o pai de Salá, porém em todo o Tanach, Arfaxade gerou diretamente Salá, e não Cainã. Não há Cainã nesta genealogia, não existe esta pessoa! Em algumas bíblias mostra um ‘Admin’ em Lucas 3:33, onde na verdade não existe esta pessoa em todo o Tanach, e há bíblias modernas que não o trazem mais.
Assim, conclui-se que estas genealogias cristãs são falsas, e não existe conciliação entre Matityahu e Lucas.
Matityah 1:18-25
Como Yeshua é filho biológico de Yosseph, e é evidente que os primeiros escribas cristãos adulteraram os textos desta passagem, a forma original deste texto é esta, levando em consideração que se deve retirar os versos acrescentados, na qual são contradizentes com o original.
Em Matityahu 1:17 é apresentado um certo número de descentendes, sendo divido em 14,14,14, aplicando-se a Yeshua, dizendo que, por sorte, os ancestrais de Yeshua são justamente 42 gerações. Esta quantidade de gerações que são encontradas como sendo escritas por Matityahu não tem baseamento verídico algum. No Tanach as gerações que constam nas genealogias destes descendentes são muito maiores do que as que se encontra no Evangelho de Matityah. Efrem da Síria em sua obra Caverna dos tesouros também cita um número maior de gerações, concordantes com o Tanach, a respeito dos pais de Yeshua.
No Tanach, por exemplo, mostra Pedadias, que é o pai de Zorobabel, e este não foi listado por Matityahu (Divrê Haiamim alef 3:17,18,19). Zorobabel por outro lado, não é filho de Sealtiel, mas neto de Sealtiel, ainda que o Tanach o apresente com a expressão ‘filho de Sealtiel’. Também Yehoram não gerou diretamente a Uziyahu, como apresenta Matityahu, mas antes, gerou Acaziyah, que gerou Yonah, que gerou Amaziyah, e que então gerou Uziyahu. Você pode conferir no Tanach como na obra de Éfrata da Síria.
Desta forma, os hegeres também tentam usar deste erro para querem dizer que falta 1 (um) descendente apenas na genealogia de Matityahu e com isto traduzem equivocadamente Yosseph como pai de Miryam, tomando como base um texto que não é o original.
Em Matityahu 2:1-23 narra uma história que diz respeito a vários acontecimentos em Israel por causa de Yeshua, enquanto este era ainda menino. No atual texto de Mateus usado pelo cristianismo esta história se encontra presente na passagem 2:1-23. Ela relata a existência de alguns magos que teriam visitado Yeshua enquanto criança e lhe trago presentes: ouro, incenso, e mirra. Já de início sendo a história contrária aos costumes judaicos (Shemôt 22:18) ela não é comprovada por nenhum outro documento, exceto os evangelhos apócrifos do Novo Testamento.
Conforme análises, estes versos possuem ligações diretas com a um simbolismo antigo da constelação dos três reis que apontam para uma estrela na constelação de virgem. Os cristãos interpretam estes versos como um cumprimento de um suposta profecia messiânica no livro de Tehillim 72.10. Porém, o rei mencionado pelo Tehilim possui filho (verso 1), e conforme o próprio contexto do livro de Tehillim, isto se passa em um reino bem estabelecido recebendo tributos o que não ocorreu em nenhum dos dias de Yeshua. Vale também ressaltar que os presentes não viriam apenas do oriente (Sabá e Seba) mas também do ocidente (Társis e as ilhas).
Matityahu 2:13-23
As profecias citas nestas passagens do livro de Matity6ahu não são messiânicas. Os fatos mencionados contradizem outros evangelhos, e são omissos pelos mesmos que descrevem em detalhamento. Não é narrado por nenhum outro evangelista ou historiador da época e ausente na tradição oral o massacre das crianças. E Yochanan há Matvil, segundo Lucas, nasceu com diferença de seis meses de Yeshua e na mesma região e em uma cidade de Yehudá. Se tal massacre realmente ocorreu naquela região, Yochanan também teria morrido, pois tinha uma idade próxima de Yeshua com uma variação de seis meses e nascera na mesma região.
A profecia em Yrmyahu 31:15 não se refere ao Messias, haja vista o choro de Rachel se referir à dispersão do povo de Israel e de Yehudá, que foram levados de sua terra para serem servos em terras estrangeiras. Sendo que o verso 16 deixa isto bem claro. Outra profecia que não é levada em conta dentro do seu contexto no Tanach é a profecia de Oshea 11:1 citada no evangelho, o que não é uma profecia messiânica. O verso é comum no Tanakh usado por Elohim para lembrar seu povo que lhe tirou da servidão do Egito.
Nos últimos versos do capítulo 2 do evangelho de Mateus usado pelo cristianismo consta dizendo que Yeshua teve de residir em Nazaré para cumprir uma profecia. A profecia de que se referem são as que narram que o Mashiach será chamado Netzer, onde na verdade se refere as qualidades pessoais, e não a localidade territorial. Quando é apresentado em Matityah que Yeshua teve de residir em Nazaré para se chamar renovo, anula-se a veracidade da profecia. Desta forma, estes versos indicam-se claramente como sendo alterações textuais para implantar mitologias e histórias na vida de Yeshua.
Matityahu 3
O Evangelho de Matityahu Ebionita mostra-se bem claro em relação aos outros textos de Matityahu. Enquanto o texto Ebionita, conforme a citação de Epifânio em Panarion 30:13:6, relata a transição temporal e a época dos acontecimentos. Os outros manuscritos de Matityahu relatam a expressão “E naqueles dias” causando contradição, pois a mesma afirmação “E naqueles dias” se deixada no texto do modo como se encontra deve ser entendida como ocorrente ainda na época de Herod, rei de Yehudá. Esta lacuna é preenchida com o verso Ebionita.
Os versos apresentados na restauração são encontrados como pertencentes ao Evangelho dos Ebionitas conforme relata Epifânio em Panarion 30:13,2,4,7-8, Lucas 3:15, nas citações de Justino Diálogo com Trifão cap.88, e Orígenes Comentário do Evangelho de João I, cap.32.
Neste capítulo do Evangelho de Matityahu é a primeira manifestação de Yochanan relatada pelo documento. A forma como Yochanan se apresenta tem como fundamento para se cumprir a profecia de Yesha’yahu 40:3. Aonde um mensageiro viria para anunciar o caminho de Yahvéh. Em Malakyah 3:1 também menciona o mesmo mensageiro. Porém, determinadas passagens do Novo Testamento tem insinuado que Yochanan é Elyah, mencionado em Malakyah 4:5.
A referência feita pelo Tanach de que Elohim enviará o profeta Elyahu, sendo simbólica, se aplica a um servo de Elohim que terá o carater e a missão semelhante à de Elyah, e que está destinado a aparecer antes do dia da vinda de Yahvéh. Ora, como o dia de Yahvéh ainda não chegou, o profeta Elyah não tem motivo para se revelar no momento. Pois conforme consta na profecia, o objetivo é para trazer a obediência a fim de que Yahvéh o receba em ordem.
Com respeito à afirmação de que Yochanan seja Elyah e que Elyah deveria aparecer primeiro do que o Mashiach é o seguinte: Elyah há de vir primeiro na vinda do Mashiach no que diz respeito a seu reinado, pois a profecia diz claramente que Elyah virá para restaurar o povo antes do dia da vinda de Elohim, a fim de que Yahvéh não os amaldiçoe. Ora, ao se dizer que Yochanan é Elyah, consequentemente se transgride a profecia, pois Yochanan morreu antes de restaurar o povo (Matityah 14:10-12). Também, conforme a passagem de João 1:21, o próprio Yochanan diz não ser Elyah.
Certa vez os discípulos de Yeshua perguntaram a ele com respeito a este assunto, e Yeshua lhes respondeu: “... em verdade Elyah virá e salvará todo o mundo”. (Mat. 17:11 Shem Tov).
A manifestação de Yochanan servia para que o Mashiach iniciasse sua missão, e para trazer sabedoria ao povo. A tevilá realizada por Yochanan não servia para remissão de pecados. Pois conforme a Torá o pecado se expia pelo sacrifício no Templo. Mas Yochanan os imergiam baseado na tevilá dos Essênios, onde tinham o costume de sempre se mergulhar em água corrente quando se inicia um convertido a fé judaica. Tendo como referência este costume, Yochanan aplica este banho em água corrente para aqueles que iniciavam uma nova etapa de vida. Isto não é mandamento da Torá, era apenas um costume que se estendeu. Não era o Mikvé relatado pela Torá e este costume de Yochanan não tem valor de salvação conforme é ensinado pelo Novo Testamento, mas era apenas um simbolismo.
Conforme consta em Matityah 3:11 (Shem Tov) Yochanan dizia: “Em verdade eu vos mergulho nos dias de arrependimento...”. E também em Mateus da versão cristã diz: “E eu, em verdade, vos batizo com água, para arrependimento;”, o que de fato não é mencionado que servia para ‘remissão de pecados’, conforme consta somente em Lucas 3:3: “para perdão de pecados”. Desta forma, vemos que estas heresias vieram novamente de Paulo de Tarso.
Os Essênios são estritamente corretos no seu sentido de mikvéh ou tevilá. Diziam eles, que um ritual cerimonial ou imersão não pode purificar o caráter do ser humano, mas somente uma plena mudança de atitudes. (Manuscrito Qs Col.).
Em Matityah 3:11 é mostrado como acréscimo ao apresentar um verso falso, contradizente a Yoel 3:1.
No evangelho de Mateus da versão cristã é narrado que quando Yochanan se encontra com Yeshua para o batizar, Yochanan diz: ‘eu deveria ser mergulhado por ti, e vens tu a mim’. Este verso é bem direfente na versão Ebionita, já que é bem explicativa o fato de haver duas pronúncias: 'eu hoje te gerei' e 'meu filho amado'. Porém, a versão cristã se contradiz em seu próprio verso seguinte, pois o fato de Yeshua ter sido Ungido após a imersão, contradiz isto, pois somente após ser ungido é que ficou revelado as pessoas ser ele o Ungido. Ademais, o texto do evangelho de João 1:31,33, deixa claro que Yochanan não conhecia Yeshua antes de sua manifestação. E que somente o reconheceu depois que o espírito de Elohim desceu sobre ele.
Muitas pessoas tem interpretado a passagem da tevilá de Yeshua erradamente, dizendo que o espírito de Elohim é uma pomba. Ora, o texto de Matityahu não diz isto, mas pelo contrário, diz que o espírito desceu como pomba. O poder de Elohim desceu de tal forma que lembra um pássaro quando desce do céu.
No Evangelho segundo Matityah texto hebraico consta a expressão “Malkut ha Shamayim”, que traduzido significa: “Reino dos Céus”. Esta expressão é usada pela tradição judaica como um eufemismo em lugar do nome sagrado de Elohim, pois a expressão “Reino dos céus” na verdade quer dizer: “Reino de YHWH”.
No Talmud Babilônico é mostrado que os judeus usavam a palavra “céus” ou “céu” como eufemismo para Yahvéh. The Babylonian Talmud Translated by Michel L. Rodkinson, 1918, Book 1, Vol. 1, Tract Sabbath, p. 47 and p. 52 and p. 348, and p. 361, and Book 3, Vol. V, Tract Pesachim, p. 80, and p. 104, and Book 3, Vol. VI, Tract Yomah, p. 107, and p. 116, and p. 117, and Book 3, Vol. VI, Tract Hagiga, p. 30, and Book 4, Vol. VII, Tract Betzah, p. 30, and p. 39, and Book 4, Vol. VII, Tract Succah, p. 31, and p. 74, and Book 4, Vol. VII, Tract Moed Katan, p. 31, and p. 32, and p. 33, and Book 4, Vol. VIII, Tract Taanith, p. 45.
No Evangelho segundo Matityah de Du Tillet, na passagem 1:19, consta duas letras hebraicas: יי, que foram escritas para significar ao nome de Elohim, YHWH, יהוה, e é a primeira ocorrência desta no documento. Sua Pronuncia é Yahwéh, adaptado para Javé. (Matityah 1:19,24; Clement of Alexandria, The Stromata, or Miscellanies, book V, chapter VI.; Questiones em Exodum cap. XV; Devarim 10:20; Yeshayahu 12:4.
No livro de Mateus 3:17, onde costa a frase: “Este é meu filho amado, em ti tenho aprazo”, foi devido a confusão feita pelos escritores ao relatar o ocorrido e os próprios pais da igreja confessam bem assim.
Nas citações de Epiphanius, conforme relatei em Panarion 30:13:2,4,7-8 consta que a frase era: ‘Eu hoje te gerei’. Justino, e Orígenes também concordam dizendo: ‘Tu és meu filho, eu hoje te gerei’. Tehillim 2:7.
Matityahu 4:1,22-24
Nos evangelhos de Marcos e João mencionam que Yeshua não jejuou conforme é apresentado pelo texto de Matityah.
Na citação de Epifânio em Panarion 30:13:2,4,7-8 consta que apresentava desta forma no Evangelho dos Ebionitas.
Matityahu 5:1-48, 6 e 7
O apóstolo Matityahu, nesta parte de seu documento começa a relatar alguns ensinamentos de Yeshua. Conforme Matityahu, Yeshua fala sobre algumas características morais, e que o homem que as tem possui um bem valioso. O direcionamento destas características relacionadas por Yeshua não se aplicam a gentios. Mas sim as características complementares que os justos (tzadikim) possuem, e, mais especificamente apontada para seus próprios discípulos, conforme a expressão: "...e disse-lhes...". Um idólatra pode, por exemplo, ser manso porém não herdará a terra.
A expressão sal da terra e luz do mundo usada por Yeshua nesta passagem tem como objetivo lembrar a seus discípulos que eles possuem responsabilidades para direcionar a retidão; e que, se eles tiverem vergonha ou perderem o vigor torna-se-ão insípidos. Nestes versos Yeshua está dizendo que não devemos viver sendo carregados pelos outros, e quando tivermos de tomar um ato nobre ou chamativo quando há pessoas a observar não se sentir coagido querendo se esconder. Pois as boas obras, que serão elogiadas e glorificadas por aqueles que as ver, é o melhor meio de se chegar a justiça.
Este texto também é relatado mais a frente quando Yeshua fala sobre a vaidade. Relatado pelas versões cristãs como capítulo 6. Já neste caso, Yeshua compara a prática da justiça com aqueles que praticam a justiça não pelo fato de ser correto mas para se vangloriar. Fazem as boas obras não porque é o justo a se fazer mas sim como um meio de alimentarem o yetzer hará à idolatria a si mesmos; tornando-os dependentes emocionalmente dos outros. Aquele que faz assim revela grande ausência da presença de Elohim dentro de sí, e acaba que por buscar aprovação alheia constantemente.
Yeshua também ensina que seu objetivo é praticar todas as leis da Torá e as que foram dadas pelos Neviim. Conforme sua sabedoria ensina que o ódio a seu próprio companheiro (o qual seria sem motivo) não passará por Elohim sem que seja julgado (Vaiykra 19:17-18). Assim também como a ofensa e humilhação ao mesmo, pelo mesmo motivo.
A prática da justiça para com o próximo é tão importante quanto a pratica das oferendas (referente as ofertas pacificas) do Templo, além de considerar que a vontade de cometer um adultério (através da luxúria) é uma iniciativa de adultério dentro de si mesmo (Mishlêi 6:25).
A prática dos juramentos falsos relatada no Talmud também é mencionada por Yeshua.
Yeshua também ensina que o homem deve ter consideração em certos momentos também para com seus inimigos, pois também o próprio Elohim ordenou na Torá: Shemot 23:4. (Devarim 18:13, Yeshua’yahu 55:8-11, Mishlêi 2:1-6). Em Shemuel alef 24 relata o exemplo de Davi haMelech.
O objetivo maior é ser perfeito (separado) como Elohim mandou.
Matityah 5:7,10-12
Os presentes versos são contraditórios. O verso 7 não consta na versão de Shem Tov e contradiz Tehillim 32:10. O verso 10-12 estabelece uma atitude maligna como bem-aventurança e justamente por algo desnecessário, pois o reino de Elohim não é dos que são perseguidos, mas sim dos que fazem por onde, independentemente se são ou não perseguidos. O verso seguinte prova-se sendo acréscimo devido a frase estar no presente. Tornando o ato impossível naquele tempo. O texto de Du Tillet trás o mesmo no futuro, mas conforme a característica do verso de du Tillet prova-se que este verso em Shem Tov é o mais antigo. Desta forma, o que houve foi que acrescentaram mais circunstâncias no verso e colocaram-no no futuro mais tarde. Haja vista não existir profeta algum sendo perseguido por causa do Mashiach.
Matityah 5:22
Esta passagem se prova como acréscimo ao aplicar duas punições diferentes para um mesmo ato, onde o último é pior do que um homicídio.
Matityah 5:27-28
A palavra hebraica no texto de Shem Tov para o que é comumente traduzido como 'cobiça' é 'yachmur' que significa "gamo". A palavra Gamo em sua tradução literal: Exprime a noção de aquele que se casa ou se une (ex.: endógamo), e neste caso o verso de Shem Tov sofreu alteração devido a estar contradizendo a Torá em Bereshit 1:28 e o mesmo verso da versão de Du Tillet. Na versão de Du Tillet consta a palavra "ta'avah" que significa literalmente 'concupiscência'. A palavra concupiscência expressa o desejo sexual imoderado para satisfazer a sensualidade. O que em outras palavras seria 'luxúria'.
Matityah 5:29-30
Suicídio? Estaria Yeshua incentivando o suicídio nestes versos? Se seguir este raciocínio terá de cortar tua cabeça também, pois é nela que encontras os sentimentos de sedução.
Matityah 5:31-32
O verso Mat. 5:31 se trata de duas palavras: "largar" (que se refere a perder o amor, despresar) e "enviando" referindo-se a expulsão, obrigando a emissão do escrito de divórcio, concluindo assim um divórcio. E no verso Mat.5:32 consta somente a palavra "largar". Ora, se para toda a atitude de abandono, se desse uma carta de divórcio (como ordena Mat. 5:32 de Shem Tov) então este verso contradiz Malaquias 2:16, que pelo contrário, incentiva a não abandonar. Este argumento de Mat. 5:32 presente em Shem Tov não pode ter sido dito por Yeshua pois é uma solução medíocre para um assunto importante, que é o casamento. A parte seguinte, ainda no verso 32 é contrária a Torá em Vaikra 20:10.
Matityah 5:37
Segundo o contexto Yeshua fala sobre juramento em falso (Shem Tov) e a parte “b” do último verso desta passagem gera ambiguidade no texto e anula o sentido de juramento.
Matityah 5:38-42
Os versos 38 à 42 foram retirados do Evangelho visto serem claramente acréscimos, pois estão sendo utilizados erradamente. Sendo o referido texto do Evangelho herege, visto estar apresentando uma ‘contra parte’ para anular a lei da Torá.
Matityah 5:43
Não existem na Torá.
Conforme já visto, os textos de Matityahu 5:12, 22, 32b, 27-32, 38-43, não fazem parte do texto original de Matityahu. Haja vista que a passagem de Matityahu 5:12 prova-se como acréscimo ao trazer o verso no futuro no manuscrito de Du Tillet, e Shem Tov o trás no presente; além de não haver nenhum profeta perseguido por causa do Mashiach. O verso 22 é ampliação posterior no texto, devido relatar duas punições distintas para um mesmo ato. A passagem de Matityahu 5:27-32 é contra Vaiykra 20:10 e também refuta Devarim 24 e Malakyah 2:16. Os versos 38-42 são claramente opositores a Torá em Shemot 21:24, e o verso 43 não existe dentro da Torá.
Matityah 6:13
O texto hebraico de Shem Tov na passagem de Mateus 6:13 diz o seguinte “... e não nos guie ao poder do teste (ou prova)”. No texto hebraico de Du Tillet na passagem de Mateus 6:13 consta: “...não nos leves a tentação...”. Os referidos versos dão a entender que Elohim não deve nos provar, e isto contradiz a Torá em Devarim 8:16; 13:4, assim como também o direito pessoal de Elohim.
A segunda citação é pertencente ao manuscrito de Du Tillet, e aplica o erro do homem a Elohim. Quando se diz que Elohim não nos deve deixar cair em tentação está se dizendo que a culpa pelo erro do homem na verdade é de Elohim, que permitiu que ele caísse em tentação. Onde na verdade Elohim constituiu o homem de vontade própria.
Em Matityahu 6:14 e 9:3-6 do manuscrito de Shem Tov é dito que os homens devem perdoar as iniquidades que os outros cometem. O texto hebraico ao dizer iniquidade, por consequência, revela que os versos 14 e 15 são acréscimos, pois só Elohim de Ysrael pode perdoar as iniquidades dos homens. Na passagem 9:2 de Shem Tov Yeshua diz ao paralítico que seus pecados foram perdoados por Elohim (sendo também relatado isto em Shemuel bet 12:13), e não que ele próprio (Yeshua) teria perdoado os pecados daquele homem.
Também no texto hebraico de Du Tillet, na passagem 9:2-4, consta que os fariseus e sábios que estavam presentes naquele lugar: “... diziam entre si...” que Yeshua estava blasfemando, e nos outros evangelhos como: Lucas 5:21 da versão Peshitta aramaica consta que havia “deboche entre eles, e argumentação em tom de voz audível”, com relação as palavras de Yeshua, que, possivelmente não teriam entendido o que ele disse e poderiam ter entendido que ele (Yeshua) estivesse dizendo estar perdoando os pecados daquele paralítico. Desta forma, o texto de Shem Tov que trás: “diziam em seus corações” não é o original.
Matityah 7:1-2
A passagem de Matityahu 7:1-2 onde menciona que não se deve julgar contradiz o Tanach em Devarim 1:16, Zakaryah 7:9, 8:16, 2º Crônicas 6:23, Yrmyahu 21:12; e contradiz os documentos do Novo Testamento em João 7:24, Atos 4:19, 1ª Coríntios 10:15, 11:13.
Em Matityahu, neste mesmo sermão, Yeshua também alerta para não errarmos em valorizar pessoas que são como porcos e cães, pois de qualquer forma, estas pessoas sempre se ensoberbecerão sobre você e te desvalorizarão depois de toda a ajuda que lhes prestou.
Em Matityahu 8:2 é encontra maliciosamente a palavra “adorou” dirigindo-se a Yeshua. A palavra que se encontra no manuscrito é contrária a Torá em Shemot 20:2-3.
Matityahu 8:12
O verso 12 é ilógico e sem fundamento.
No texto hebraico de Shem Tov na passagem Matityahu 8:20 consta o seguinte verso: “E lhe respondeu Yeshua: Para as raposas há covis, e para as aves ninhos, mas para o filho do homem, o filho da virgem, não há lugar onde colocar sua cabeça”. No presente verso é mostrado claramente o acréscimo católico, visto não constar em nenhum outro documento a referida expressão “filho da virgem” isto prova ainda mais que os católicos adulteraram o texto para forçar a doutrina do nascimento virginal.
Matityah 9:14-17
Esta passagem é uma tentativa de infiltrar a doutrina da divindade de Yeshua, na qual tem o fim de por Yeshua no lugar de Elohim.
Matityah 9:18
Aqui consta novamente o acréscimo "adorou" contradizente com a lei judaica.
Matityah 11:28-30
O verso de Mat. 11:28 é incoerente e ilógico. Conforme Tehillim 110:3 Yeshua receberá sua herança de Mashiach somente quando der início a seu reinado. A autoridade do Mashiach é referente apenas a terra. Mat. 11:30 é contrario a Mat. 7:13-14.
No texto hebraico de Matityahu 10:2 de Du Tillet consta: “E os nomes dos doze mensageiros são: primeiro, Shimon, chamado Kefá, e Andreah seu irmão.”. No texto hebraico de Matityah 10:2 de Shem Tov consta: “Estes são os nomes dos doze mensageiros chamados apóstolos; Sh’mon, chamado Petros, e Andrea seu irmão”. O verso no texto de Shem Tov possui influencia grega. A expressão ‘apóstolo’ em designação aos discípulos de Yeshua no texto de Matityah é de origem grega, e surgiu tempos depois, porque logo em seguida vemos a palavra “Petros” em designação a Kefá, sendo esta de origem grega, e seu nome autêntico sendo hebraico. Também no texto hebraico de Du Tillet consta a forma original: “Yehudá”.
Matityah 10:4
No texto hebraico de Du Tillet consta a forma original: “Yehudá”.
Matityah 10:15
Contradiz Bereshit 18:25.
Matityah 10:20
No texto hebraico de Du Tillet consta "vosso".
Matityah 10:24
O verso 24 consta desta forma no Evangelho dos Ebionitas conforme prescreve Tertuliano, Contra todas as Heresias III.
Matityahu 10:38-39
Esta passagem expressa contradição com as passagens de Dt 16:20; Mat. 5:17-20; e 7:21-23. Yeshua não pode conceder vida eterna a ninguém, este papel pertence somente a Elohim.
Umas das passagens polêmicas a respeito de Yeshua é a suposta afirmação de que ele transgrediu o shabbat. Isto não é verdade. Em Matityahu 12 do manuscrito de Shem Tov mostra que o texto é bem diferente, e o verso onde diz que o filho do homem é dono do shabbat é um acréscimo. Pois no evangelho de Matityahu de Shem Tov diz: “o homem e dono do shabbat” e na peshitta antiga, o verso de Marcos 2:27 não existe. E isto revela que passagens deste tipo foram sendo acrescentadas gradativamente para se ter base em transgredir o mandamento de Elohim em Shemot 20:8-11.
O verso do texto de Matityahu 12:17-21 é acréscimo descarado no texto e sem nenhuma reflexão. Esta profecia de Yeshayahu (Isaías 42) refere-se claramente ao Olan HaBah e por consequência não tem ainda nenhum cumprimento. Na passagem de Matityahu 12:31-32 existe uma contradição com o Tanach. A passagem diz que quem blasfemar contra o “espírito” não receberá perdão de pecado. Onde na verdade não existe pecado imperdoável, pois o referido verso contradiz Ezequiel 18:9,28; e 33:16. Onde também também o espírito de Elohim não é uma pessoa, como pensam os pagãos, para que se fale contra.
Os primeiros versos encontrados no capítulo 10 do evangelho dos Ebionitas é restaurado utilizando o fragmento que constava no texto dos primeiros Ebionitas. Consta em Panarion 30:13:2-3 relatado por Epifânio estes versos como parte do evangelho dos Ebionitas.
Em Matityahu 13:55 no texto hebraico do Evangelho de Matityahu de Du Tillet e Shem Tov consta “ferreiro” e não "carpinteiro". O mais provável é que tenha ocorrido uma confusão por parte dos tradutores com a semelhança entre as palavras ‘ferreiro’ e ‘carpinteiro’ em hebraico.
Matityahu 15:10-20
Netilat Yadayim é um ritual feito de acordo com a Tradição dos anciãos de lavagem das mãos antes das refeições. Lavar as mãos é higiênico, e não tem nada de errado nisto. A passagem v.10-20 certamente foi acrescentada pelos primeiros católicos para inserir no texto uma desculpa para transgredir Vayikra 11. Pois o real contexto desta passagem se trata da falta de autoridade dos fariseus para quererem exigir obediência dos discípulos de Yeshua sendo eles próprios transgressores de leis mais importantes. E este fato é comprovado quando é relatado nesta passagem que Yeshua de imediato revidou o questionamento deles citando a profecia de Yeshayahu. Dizendo que eles respeitavam mais as tradições do que a lei de Elohim.
É também de se considerar que, além de alguns dos discípulos de Yeshua serem esquecidos e desatentos (Mat. 16:5) não é encontrado Yeshua transgredindo a Netilat Yadayim.
Os versos de Matityahu 16:18-19 dizem que Kefá recebe de Yeshua as chaves do reino, para ser o sucessor de Yeshua. Ora, isto é falso, pois antes mesmo de Yeshua morrer ele não tinha autoridade para tal coisa, visto estar em período de aprovação, e ainda não ter sido declarado Rei sobre Israel. Sendo também que esta declaração é contraditória aos fatos. O próprio verso 21 (que nas bíblias comuns é 23) informa que as ‘portas das trevas’ prevaleceram contra Kefá. No livro de Atos dos Apóstolos 21:18, no livro História Eclesiastica XXIII:4-5, e também na carta de Kefá a Ya’akov o próprio Kefá menciona claramente que Ya’akov é o líder sucessor de seu irmão Yeshua.
Sendo assim, esta passagem é acréscimo por parte do cristianismo para abafar a imagem de Ya’akov, por sua judaicidade (Gálatas 2:12), a fim de dizer que Kefá era a favor de Paulo, e que ‘Pedro e Paulo’ fundaram a igreja em Roma - (Irineu em Contra Heresias 3:1:1).
Matityah 16:28
O presente verso é falso, visto ser contraditório aos fatos.
No judaísmo, yetzer hara (hebraico: יצר הרע) significa "inclinação ao mal" e refere-se à inclinação para fazer o mal, por violar a vontade de Elohim. O termo é tirado da frase "a imaginação do coração do homem é má" (hebraico: יֵצֶר לֵב הָאָדָם רַע, yetzer lev-ha-adam ra), que ocorre duas vezes no Tanakh (Bereshit 6:05 e 8:21).
O yetzer hara não é uma força demoníaca, mas sim do homem mau, no uso das coisas que o corpo físico necessita para sobreviver. Assim, a necessidade de alimentos torna-se gula devido ao yetzer hara. A necessidade de procriação se torna abuso sexual, e assim por diante.
O ponto mestre para a dominação do yetzer hara é a aceitação total do amor a Yahvéh de todo o coração, de toda a alma e de todo poder. O ser humano tende normalmente a resistir este amor justamente quando permite que suas vontades (yetzer hara) elevem-se com força a resistir em pé de igualdade com as de Elohim. Isto causa a transgressão. Este tipo de força é que motiva o yetzer hara, e ela pode ser chamada de "Id".
O id seria a fonte da energia mental. É formado pelas pulsões - instintos, impulsos orgânicos e desejos inconscientes. Funciona segundo o princípio do prazer (al. Lustprinzip), ou seja, busca sempre o que produz prazer e evita o que é aversivo. O id não faz planos, não espera, busca uma solução imediata para as tensões, não aceita frustrações e não conhece inibição. Ele não tem contato com a realidade, e uma satisfação na fantasia pode ter o mesmo efeito de atingir o objetivo através de uma ação concreta. O id desconhece juízo, lógica, valores, ética ou moral, sendo exigente, impulsivo, cego, irracional, antissocial, egoísta e dirigido ao prazer.
Desta forma, quando Yeshua ha Netzaret ensina a seus discípulos que: "Se alguém quiser vir após mim, que despreze a si mesmo pegue o seu madeiro e o seu travessão, ofereça-se a morte e siga-me; Que proveito há para o homem ganhar todo o mundo, porém perder a sua vida para sempre? Que bem dará este homem de si mesmo das riquezas presentes em recompensa por sua vida no dia da Guehenon?". Ele fala justamente da renuncia a esta força (pela auto-motivação) para poder tomar somente as atitudes corretas, e não as que impulsionem somente para o prazer instantâneo e não pensa nas consequências e nem está interessada em justiça.
Pois a expressão "vir após mim" significa "ser meu sucessor", ou seja, deve fazer o que eu faço!
Matityah 17:3-4
O presente verso é falso, contradiz Devarim 18:11.
Matityahu 17:21
Nos escritos do Novo Testamento contém vários versos que dizem que Yeshua e seus discípulos praticavam jejum, e oravam, porém nunca no intuito de expulsar demônios, ou obter poder. Nos escritos Alexandrinos não consta a palavra jejum, e no Codex Sinaiticus não consta este verso.
Matityah 18:19
Texto acrescentado para dar base a onipresença atribuída a Yeshua pelos pagãos que o endeusaram, na qual foi oficializado no cristianismo no século 4°.
Matityah 18:28-29
No texto de Du Tillet consta assim. Este texto de Shem Tov se mostra realmente incompleto, visto apresentar confusão no sentido quando é lido no sentido real da história.
Matityah 19:3-12
Moshê nunca mandou divorcia por ‘qualquer’ motivo. A passagem de Devarim 24 é clara ao dizer “ervat davar”. A palavra do texto hebraico de Matityahu referente é "Zenut" que possui o significado de: prostituição, fornicação ou adultério; mesmo termo uso nos escritos gregos como 'pornea'. Desta forma, isto entrega que o verso é acréscimo contradizendo a Torá em Bereshit 38:24, Vaiykra 20:10. Também o divórcio não foi inventado por Moshê, e antes mesmo de Moshê o divórcio já era algo conhecido.
Unicamente no texto de Shem Tov contém no verso 12 o dito que os eunucos não tem pecado, sendo em fato, outra contradição. A passagem que segue nestes versos a respeito dos eunucos é uma tentativa de implantar no evangelho uma base para a doutrina católica de que os líderes são proibidos de se casar. E que a castidade é algo de Elohim. Sendo esta doutrina contrária ao mandamento de Elohim, não pode fazer parte do evangelho, visto também ser contrário a sua própria natureza.
Matityah 19:17
A contradição evidencia a mentira. Yeshua varias vezes se chama de bom, e fala com relação a outros justos como pessoas boas (Mt 2:10, 7:15-17, 10:11 (12:35), Lc 3:9), portanto esta passagem contradiz tudo o que possui no Evangelho até ali, e não há possibilidade de fazer parte do texto original nem das palavras de Yeshua.
Matityah 19:18-30
No texto hebraico de Du Tillet consta a palavra “Há’El”. Os versos que se seguem contradizem as passagens Matityah 5:17-20, 10:8,10. A Torá não proíbe ao homem ter riquezas. A única coisa que Elohim ordena em relação à riqueza do homem rico é que ele direcione sua riqueza para o bem do seu reino (Devarim 6:5), se for necessário compartilhar a riqueza com alguém que está precisando ou fazer com que o pobre aprenda a ter o que se sustentar, mas nunca tirar de um e dar a outro (Lucas 10:29-37). Não há razão alguma para o rapaz perguntar “que me falta?” se ele de fato estivesse guardando os mandamentos.
A questão dos ‘doze tronos’ é contraditória, pois Yehudá se mata na véspera do Pessach, não podendo fazer parte deste rol. Também estas declarações estão ligadas a declaração do verso 21.
Segundo menionado no capítulo 20 do evangelho de Matityahu de Shem Tov e Du Tillet, relata-se a história dos trabalhadores da vinha, onde, os últimos trabalhadores receberam o mesmo salário que receberam os primeiros trabalhadores, havendo a ambos diferentes cargas horárias. Algumas pessoas dizem que esta passagem é ilegal ou injusta. Porém, conforme a narrativa do texto, é mencionado claramente que o dono da vinha exerceu um ato de caridade a seus últimos trabalhadores. Haja vista, que segundo o evangelho, estes últimos trabalhadores estavam desempregados e vagando pelas praças e mercados, podendo estar falto de mantimentos e necessidades diárias, nisto pode ter tido a complacência a estes últimos trabalhadores. Vale ressaltar que o fato ocorrido foi em apenas um único dia. E tendo se especificado, o dono da vinha, que a equiparação salarial deste dia foi um ato de caridade e não a algo que fosse de direito daqueles, o dono da vinha fica isento de culpa em relação a seus atos neste verso.
Conforme as palavras de Yeshua, quando esta parábola se compara ao reino de Yahvéh, se compara em relação ao recebimento do Olan Habah. Pois Elohim, sendo também bondoso, entregará o Olan HaBah não somente aos servos que lhe servem (ou serviram) desde seu nascimento, mas também aos convertidos. Conforme Yeshayahu 56:6-7.
Matityah 21:9
Jerônimo citando Mateus 21:9, em Carta ao Papa Damaso, Prefacio dos Evangelhos, cita נא הושיעה que transliterado é: “Hoshia na”. No Evangelho de Shem Tov, e no Evangelho de Du Tillet constam: “bendito o que vem em nome de YHWH”. No evangelho de Du Tillet diz “filho de David”. Jeronimo, além disto, cita que o manuscrito original tinha as palavras: Hoshiana nas alturas; e vemos que estes versos ficaram preservados no texto de Du Tillet.
Matityah 21:26-30
Conforme esta passagem diz-se que para preceder os discípulos de Yeshua no reino é necessário apenas crer em Yochanan. Isto se contradiz pois o verso diz que eles não deixaram de ser meretrizes e violentos.
Matityah 21:43
O Reino de Elohim ainda não foi dado a ninguém, pois o reino só será concedido no Olam HaBah. Está passagem é uma introdução herege para fundamentar a doutrina da substituição, o que vai, não só contra a Torá, mas contra os profetas, como por exemplo Zakaryah 8:23.
Matityah 22:13
Esta passagem (ali haverá prato e ranger de dentes) do texto de Matityah de Shem Tov contradiz o Tanakh em Cohélet 9:5-6.
O verso de Matityahu 22:24-30 contradiz a passagem de Yeshayahu 11:6,8; e 66:23-24.
No Evangelho de Matityahu de Du Tillet, Shem Tov e Munster na passagem 22:28-32 é mencionado que os homens no mundo vindouro se tornarão como os anjos de Elohim, e não se casarão. Esta passagem é claramente contrária ao plano de Elohim. E conforme as passagens Yeshayahu 11; e 66:23-24 mostra claramente que todas as pessoas na qual herdarão o Olan Habah continuarão sendo carne (humanos), pois são humanos, descendentes de Adam.
A passagem de Matityah 22:38-40 consta assim em Marcos 12:28-32.
Matityah 22:41-46
A passagem de Matityah 22:41-46 do evangelho de Matityah é puramente escrita por um leigo cujo nome não é Matityah. Pois somente um leigo em judaísmo não saberia responder esta pergunta. Todos os judeus, ainda mais fariseus, sabem muito bem sobre a profecia de Samuel no que diz respeito a Davi, até porque o próprio escritor registrou que esta é a posição judaica. Também consultando as tradições podemos ver que eram os fariseus quem mais defendiam que o Mashiach seria da descendência de David, e isto logicamente o faziam através da profecia de Shemuel.
Matityahu 23:7-10
No judaísmo um Rabino é um título usado para distinguir aquele que ensina, aquele que tem a autoridade dos doutores da Torá ou aquele apontado pelos líderes religiosos da comunidade.
Um rabino é simplesmente aquele que é maior por seu conhecimento, e por isso é capaz de ensinar a outros, de menor conhecimento.
Na passagem de Matityahu 23:7-10 diz erradamente que Yeshua repudia o título de Rabino. Isto é contraditório, pois nos outros evangelhos Yochanan também era chamado de Rabino. O real objetivo de Yeshua na passagem de Matityahu 23:7 diz com respeito à vaidade no título e não ao abandono do título. E isto podemos ver ao citar "..fazem sua obras para agradar aos olhos...". Em Matityah 5:17 e 28:19 Yeshua, em outras palavras, ordena que seus discípulos sejam Rabinos. A passagem de Matityahu 23:7-10 também apresenta outro erro, ao dizer no verso 9º (nono) uma contradição com a Torá em Shemôt 20:12 e Devarim 5:16. Onde um homem não pode chamar seu pai de pai.
Os versos a respeito do cumprimento das palavras de Yeshua e da vinda do seu reino naquela mesma época em hipótese alguma tem a possibilidade de se atribuírem a Yeshua, pois o próprio disse a seus discípulos que não estabeleceria o reino de Yahvéh naquela geração, no livro de Atos 1:6-7.
O critério apresentado nesta passagem contradiz Matityahu 5:17-19, e Matityahu 7:21-24 do manuscrito de Shem Tov e das versões cristãs.
Em Matityahu 26:6 na versão hebraica consta leproso, na versão grega consta leproso, a versão aramaica consta a palavra Grb. Sendo o aramaico escrito sem vogais, esta palavra pode significar: leproso e oleiro. Neste contexto, este homem possívelmente era um oleiro. Pois a Torá ordena o isolamento de uma pessoa com lepra do meio de Israel. Uma pessoa com lepra não pode ficar dentro de uma casa habitada. Vaiykra 13:45,46.
Matityahu 26:17-28
No evangelho de João, não é mencionado á instituição da eucaristia, santa ceia, ou celebração do pessach por Yeshua. Embora o autor do evangelho de João tenha a noção de se comer a carne e beber o sangue de Yeshua (João 6:33-58) não relatou este evento e conforme as passagens de João 13:1,29 e 18:28 comprovam que o jantar de Yeshua com seus discípulos não era a festa de pessach.
Yeshua não instituiu a santa ceia ou eucaristia. Pois se Yeshua tivesse realmente instituído a eucaristia ou santa ceia, o autor do evangelho segundo João relataria este fato tão importante para o cristianismo, pois seu autor o escreveu especialmente para combater os Ebionitas (Jerônimo em De Viris Ilustribus, João). Portanto, o que ocorreu, foi que acrescentaram estes versos no evangelho de Matityah para reforçar a doutrina de que Yeshua instituiu a nova aliança.
Em todos os manuscritos de Matityah encontrados não menciona a ordem “fazei isto em memoria de mim”, porém somente em Lucas e em Coríntios. Desta forma, comprova-se que a ideia de que a nova aliança já aconteceu e que abole a aliança feita por Elohim a Moshê vem somente dos escritos de Paulo de Tarso, que relatam esta doutrina. Outro fato é que conforme Marcos 16:1 e Lucas 23:56 é mencionado que os seguidores de Yeshua celebraram a festa somente depois de sua morte. Outra prova de que o texto é acréscimo é que no verso 17 há contradição com o verso 20.
Matityahu 27:51
O terremoto não é relatado por nenhum dos outros evangelhos. A passagem onde consta que o parokhet (véu) do Templo foi rasgado sozinho por consequência da morte de Yeshua com o objetivo de findar os sacrifícios de animais é falsa. Pois vemos em todo o livro de Atos dos Apóstolos, e principalmente em 21:20-24, que os discípulos de Yeshua apresentavam sacrifícios de animais, porque faziam voto de nazireu e sacrificavam no Templo as ofertas requeridas na Torá. E inclusive tinham a maior preocupação com respeito a isto, conforme vemos em Atos 21:20-24.
O sacrifício de Yeshua não veio para abolir os de animais, pois o sacrifício de Yeshua veio para proporcionar à expiação de pecados a mão levantada, onde não há expiação através da ordenança da Torá. Yeshayahu 53.
Matityah 27:51-66
No texto de Shem Tov é dito que os corpos dos santos mortos saíram dos túmulos por consequência do terremoto. Porém, isso é impossível devido aos corpos naquele tempo já estarem deteriorados. Em Marcos 15:39 consta que o Centurião disse que Yeshua era filho de Elohim devido a ter sido morto logo que exclamou, e não pelos supostos acontecimentos (terremoto, veu se rasgando, etc.). Assim conclui-se que estas passagens de Matityahu são acréscimos. Na qual não são relatadas por Marcos, Lucas nem João. Em Marcos 16:1-2 relata que um dia depois do feriado de Pessach as mulheres compraram aromas, isto é compraram na sexta-feira, e no texto de Shem Tov 27:62 mostra que foi um dia depois do pessach. No outros evangelhos é ausente a história dos guardas no tumulo, e a mesma história é considerada por muitos estudiosos como lenda apologética. Depois do shabbat, no primeiro dia da semana foram as mulheres ao sepulcro.
Resultando a conclusão assim:
E passando o feriado, Miriyam de Magdala, Miriyam, mãe de Ya'akov, e Shlomit, compraram aromas para irem ungi-lo. Consta desta forma por Marcos 16:1.
Os respectivos versos não são levados em conta porque é devido à má compreensão e ignorância com respeito a história de Yeshua que os cristãos ensinam que Yeshua morreu numa sexta-feira, e não numa quarta.
Matityahu 28:2
No texto hebraico de Du Tillet consta: “grande tremor”, e no texto de Shem Tov consta “terremoto”. O terremoto ou tremor é ausente em qualquer outro documento religioso.
Conforme análise, os versos 1 e 8 do capítulo 28 de Matityahu de Shem Tov são praticamente identicos aos versos de Marcos 16:2, e 16:8. Desta forma, para que se tivesse base a um terremoto, um escriba pode ter acrescentado o evento do mensageiro nos verso 2-6 do capítulo 28 de Matityahu.
Quarta ou Sexta?
Segundo a doutrina estabelecida no cristianismo, Yeshua (Jesus) teria sido morto numa sexta-feira e ressuscitado no domingo seguinte.
Porém, conforme Mateus 12:24, Yeshua diz que na sua morte (véspera do Pessach) ele permaneceria morto 3 dias e 3 noites. Desta forma a morte de Yeshua na sexta-feira e ressurreição no domingo de manhã não são verdadeiras pois não completam 3 dias e 3 noites. Se Yeshua tivesse sido morto na sexta-feira, ele teria de ressuscitar na noite de segunda-feira para ter de concluir o período de 3 dias e 3 noites.
Algumas pessoas dizem que a expressão "3 dias e 3 noites" não são dias inteiros, mas sim dias simbolicos, e que na verdade ele ficaria somente 3 dias (sexta, sábado, domingo) no túmulo.
Porém, esta afirmação também não procede, pois nos evangelhos relatam que quando as mulheres foram ver o tumulo Yeshua já tinha sido ressuscitado. E no evangelho de Marcos 16:1 relata que após o feriado de Pessach as mulheres seguidoras de Yeshua foram comprar aromas para ungi-lo, e a data para elas poderem comprar estes aromas só pode ser a sexta-feira, pois no Pessach o comércio em Israel fecha devido a ser shabbat. Também no evangelho de Matityah de Shem Tov menciona que os fariseus foram a Pilatos um dia depois do feriado de pessach, o qual é na sexta-feira. Isto prova claramente que Yeshua não morreu numa sexta-feira, pois ao ter sua ressurreição no final do sábado deixa-se claro que sua morte ocorreu na quarta-feira para se completar o período de 3 dias e 3 noites, onde, caso tenha sido morto numa sexta-feira nem mesmo o período dos '3 dias simbólicos' seriam cumpridos. A passagem de Marcos 16:9-20 é acréscimo e confessada pelo próprio cristianismo.
Conforme estudos cronológicos a data do 1º dia de Pessach daquela época caiu na quinta-feira. Sendo assim, Yeshua tem sua morte na quarta-feira, e sua ressurreição no final do shabat.
Os cristãos também confundem a palavra sábado (shabat) presente nos evangelhos. Nos documentos que narram à historia de Yeshua, nas traduções em português, encontram-se versos dizendo: “na véspera do sábado”. Ora, o “sábado” especificado nos evangelhos é o feriado de Pessach, que é um shabat (sábado). Na cultura judaica, todas as festas/feriados são chamados de shabat ou shabatot, e não somente o shabat que cai no sétimo dia da semana. A palavra “sábado” vem da transliteração desta palavra “shabat” do hebraico, para as línguas latinas, e significa: descanço.
Portanto quando há ocorrência da palavra “sábado” nas bíblias em português, não significa obrigatoriamente que este dia seja o sábado que cai no sétimo dia da semana. Deve-se examinar o contexto para saber em qual dia se trata.
Matityah 28:17
Em Matityah 28:16 de Du Tillet e em Lucas 24:33 constam: “onze”. No texto de Shem Tov consta “doze”. Esta expressão pode ser erro de algum escriba, pois Yehudá, estando morto, não pode haver doze.
Mateus 28:18
O presente verso, narrado em Matityahu 28:18 dos evangelhos de Matityahu é falso e contraditório. E isto se explica simplesmente pelo seguinte fato: conforme o Tanach, o Mashiach receberá autoridade somente quando ele for dar início a seu reinado. E as passagens de Tehilim 110:3, e Daniel 7:13-14 deixam isso bem claro.
Mateus 28:19
Este é o verso mais polémico e debatido do Novo Testamento.
Primeiramente, a expressão: “em nome do pai, do filho e do espírito santo” é errônea simplesmente pelo lado lógico, sem entrar na questão dos “textos antigos”. Pois Yeshua, sendo educado na cultura judaica, sabe muito bem que um “espírito” não é um ser pessoal para que se tenha nome próprio, como pensam os gregos, e os restantes dos pagãos. Ora, a resposta é clara, e evidente, quando analisada pela cultura judaica.
Mas o que diz os outros documentos antigos?
No Evangelho segundo Matityah de Shem Tov, a passagem de Matityah 28:19 diz o seguinte: “... Vão vocês e guardem eles a estabelecerem todas as palavras que eu ordenei a vocês para sempre”. Não menciona texto algum relacionado a doutrina da trindade, ou a tríade de deuses. Haja vista que a passagem referente a trindade no Evangelho segundo Matityahu só apareceu no Concílio de Nicéia, 325d.C.. Ora, isto prova que os cristãos alteraram a passagem do texto de Matityahu para dar base a heresia da trindade, e inventaram o verso trinitário e o puseram no texto de Matityahu. Portanto, a passagem do Evangelho de Mateus 28:19-20 dos cristãos é um acréscimo, e a passagem de Matityahu 28:19 de Shem Tov é a frase original das palavras de Yeshua a seus discípulos, visto estar relatando uma fala final.
Se a passagem de Mateus 28:19-20 dos cristãos, na qual se refere a trindade, fosse verídica, Lucas certamente a teria relatado.
Verso final
No Evangelho segundo Matityahu de Shem Tov, na passagem 28:19 é encontrado um pronome pessoal: “eles”, conforme o verso:
“... e guardem eles a estabelecerem todas as palavras que eu ordenei a vocês para sempre ”. (Matityahu 28:19).
Este pronome está apontando para certas "pessoas" na qual foram mencionadas verbalmente por Yeshua a seus discípulos. Segundo o verso citado, esta ordenança refere-se a uma prática de sucessão, quando uma pessoa passa todos os seus conhecimentos a outra. Portanto, este verso certamente se aplica a todas as pessoas na qual são seguidores de Yeshua.
Nas citações de Eusébio de Cesareia, segundo seus escritos, são encontradas diferentes versões que supostamente seriam o texto do Evangelho segundo Mateus 28:19:
Uma delas menciona assim: “... fazei discípulos em todas as nações em meu nome.” E, outra delas, menciona assim: ‘Ide e fazei discípulos de todas as nações em meu nome, ensinando-os a observar todas as coisas, tudo o que eu vos ordenei’.– (Novum Testamentum Graece", Nestle e Aland, 25º edição).
Estas citações de Eusébio de Cesareia são semelhantes aos versos encontrados em Lucas 24:46-47.
Assim, estas passagens citadas por Eusébio de Cesareia são versões adaptadas por ele mesmo através de uma conclusão que ele teve ao ler os manuscritos de Lucas 24:46-47 e Mateus 28:19. Quando chegou o Concílio de Nicéia, Eusébio de Cesareia, segundo seus escritos, passa a escrever a frase que hoje se encontra no texto de Mateus 28:19 utilizado pelos cristãos, assim: “... batizando-os em nome do pai do filho e do espírito santo”.
Portanto, prova-se que o texto do Evangelho de Mateus usado pelo cristianismo é uma versão alterada pelos cristãos antigos para dar base as suas heresias.
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Matityahu 1:1
No primeiro capítulo do livro de Matityahu, como se pode notar, foi escrito no intuito de relatar a linhagem de Yeshua.
Conforme o texto dos Evangelhos hebraicos de Du Tillet e Shem Tov constam, referindo-se a Yeshua o nome 'Yeshu' em quase todos os versos do documento de Matityahu hebraico . De acordo com o judaísmo rabínico é costume do mesmo se dirigir ao Nazareno por este nome. Já, em poucos versos, apenas três passagens são encontrados o nome ‘Yeshua’ atribuindo-se ao Mashiach no texto hebraico de Matityahu, Mat. 1:16 e 1:21,25. De acordo com a antiga Síriaca, o nome do Nazareno está preservado como ‘Yeshua’, e conforme a própria tradição judaica o nome 'Yeshu' é apenas uma abreviação. Isto também explica o motivo pelo qual os judeus, de quem possuíam os manuscritos hebraicos de Matityah teriam preservado o seu nome através destas poucas passagens.
A linhagem de Yeshua é obrigatória, pois é através dela que se identifica o cumprimento da profecia referente a filiação de David.
Assim Matityahu registra a linhagem de Yeshua no intuito de deixar claro aos nazarenos que em Yeshua estas profecias terão cumprimento:
Bereshit 18:18, 28:14, 49:10, Bamidbar 24:17, Yesha’yahu 9:7, 11:1-5, Yrmyahu 23:5, Tehillim 132:11, Shemuel bet 7:13.
A genealogia de Yeshua segundo Matityahu não foi escrita no intuito de numerar (ou contar o número) descendentes, mas sim para registrar a filiação de Yeshua em relação a David. Por esta razão, Matityahu resumiu muitos descendentes que se encontram no Tanach, na qual ele não escreve. Isto se vê no primeiro verso: “Estas são as gerações de Yeshua, filho de David, filho de Avrahan”.
Sua genealogia muito difere das que se encontram em outras histórias de Yeshua, como, por exemplo, a que foi escrita por Lucas.
Em Matityah 1:8 do Evangelho de Du Tillet encontra-se o nome “Uziyahu”. Em Matityah 1:9 do Evangelho de Du Tillet encontra-se “Hizkiyahu”. Em Matityah 1:10-11 do Evangelho de Du Tillet consta-se “Yoshiyahu”. Em Matityah 1:13 do Evangelho de Du Tillet consta a seguinte frase: “... Avihud gerou a Avner; Avner gerou a Elyakim;...”; diferentemente das frases cristãs "Aviud gerou Elyakim". Em Matityah 1:14 do Evangelho de Du Tillet e no Evangelho de Munster constam o nome: “Amon”.
Matityahu 1:1-16
A genealogia apresentada por Matityahu em seu evangelho se baseia no Tanach e está correta. Porém existem outras genealogias presentes em outros documentos que dizem respeito a serem de Yeshua. Como por exemplo, a genealogia segundo Mateus que se encontra no evangelho dos cristãos, a genealogia de Yeshua que se encontra no evangelho de Mateus chamado de Peshitta aramaica, e a genealogia de Yeshua segundo o evangelho de Lucas.
Ora, a genealogia de Mateus que é utilizada pelos cristãos apresenta o nascimento virginal.
O nascimento virginal é heresia. Isto se prova pela enorme variação textual em vários manuscritos de Matityahu, comparando-se com a cultura grega e romana de semideuses. Nos escritos dos pais da igreja, relata-se que nos primeiros séculos da era cristã os Judeus prosélitos, os líderes, e os ebionitas, que acreditaram em Yeshua não acreditavam na heresia da divindade de Jesus, e nem no nascimento pelo espírito santo.
“Mas não como alguns alegam, entre aqueles que agora a pretensão de expor a Escritura, [assim]: Eis que uma jovem mulher conceberá e dará à luz um filho, Isaías 7:14 como Theodotion o Éfeso interpretou, e Aquila de Pontus, tanto Judaico prosélitos. Os ebionitas, seguindo estes, afirmam que Ele foi gerado por Joseph”. – (Irineu em Contra Heresias, cap.21:1).
“Aqui ele não observou que os judeus convertidos não abandonaram a lei dos seus pais, já que eles vivem de acordo com suas prescrições, recebendo o seu próprio nome da pobreza da lei, de acordo com a acepção literal da palavra; porque ebion significa "pobre" entre os judeus, e esses judeus que receberam Jesus como Cristo são chamados pelo nome de ebionitas.” – (Orígenes (185-254 d.C.), Contra Celso cap.2:1).
Com isto, revela-se que a doutrina do nascimento virginal de Yeshua tem sua origem no paganismo.
No Evangelho segundo Matityah de Shem Tov consta: “E Ya’akov gerou a Yosseph, este Yosseph é o esposo de Miryam, a mãe de Yeshua, o chamado Mashiach”. No Evangelho segundo Matityah de Du Tillet consta: “Ya’akov gerou Yosseph, esposo de Miryam, nasceu Yeshua chamado: Mashiach”. Nos manuscritos a, g1, k e q da versão latina antiga diz o seguinte: “E Jacó gerou a José, ao qual estava compromissada a virgem Maria, gerou Jesus, o chamado Cristo”. Segundo “Dialogus Timothei et Aquilae”, relata que Yosseph gerou Yeshua. Nos manuscritos das versões gregas “Theta” e “Fi”, diz que José gerou Jesus. O Manuscrito Sirus Sinaiticus da versão Síriaca antiga relata que José gerou Jesus.
Porém, o evangelho de Mateus do Cristianismo se baseia em Yeshayahu 7:14 para fundamentar a doutrina do nascimento virginal pelo espírito santo. Dizendo que uma virgem teria de dar a luz.
A profecia de Yeshayahu 7:14 não é messiânica, e muito menos pode ser rigorosamente considerada a uma virgem, pois palavra da tradução “virgem” é “almah” que possui significado de “mulher jovem” e não virgem.
O capitulo 7 e 8 de Yeshayahu mostra que a profecia não é messiânica, dizendo que a criança nasceria naquela mesma época, conforme as passagens 7:10,11,12,15,16,21-22, Melachim bet 15:29, 16:9.
A época em que nasceria o Mashiach está escrito em Dani’el 9:25. Na qual difere da época escrita por Yeshayahu. Ainda assim, os cristãos argumentam que Yeshua não pode ser filho de Yosseph porque a linhagem de Yosseph é amaldiçoada por causa da maldição de Yechonyah. Porém eles se esquecem de que em Hagai 2:23 é dito por Elohim que esta maldição foi dissipada. E também para completar, é relatado pelo padre Éfrem da Síria em sua obra Caverna dos Tesouros, que Miryam também é da descendência de Shlomon. O que desmorona o argumento cristão, visto que Miryam também teria de ser amaldiçoada neste caso.
Isto prova que Yosseph gerou Yeshua, e que os primeiros cristãos alteraram a genealogia do texto do apóstolo para basearem suas filosofias pagãs.
A genealogia apresentada na versão Síriaca-Aramaica, chamada de Peshitta, trás a linhagem de Yeshua como tendo por nascimento o mesmo que a linhagem dos cristãos, porém ao invés que trazer Yosseph como marido de Miryam, traduzem do aramaico para o português que Yosseph é pai de Miryam; e isto somente para tentarem conciliar a genealogia de Mateus com a de Lucas, concluindo-se equivocadamente que a palavra aramaica ‘gabra’ neste texto significa pai, ao invés de marido, sendo isto um imenso equivoco da parte deles. O ProtoEvangelho de Tiago, e o texto Caverna dos Tesouros de Éfrem da Síria, dizem que os pais de Miryam são Joaquim (Yônâkhir – Eliaquim, da casa de Davi) e Ana (Dînâ – Hanna, filha de Finéias, da tribo de Levi). E os pais de Yosseph são Jacó (Ya’akov) e Adbitá (Hadhbhith, filha de Eleazar). E Ya’akov é irmão de Yohakhir. Ambos filhos de Shlomon. Desta forma, ambas as genealogias de Mateus usadas pelos cristãos nos escritos gregos e aramaicos estão erradas.
Já a genealogia encontrada no evangelho de Lucas também é falsa. Alguns dizem que ela relata a linhagem de Miryam. Mas isto não é verdade, pois nos versos constam bem claro o nome José. Segundo o Proto Evangelho de Tiago, e pelo texto Caverna dos Tesouros de Éfrem da Síria, os pais de Miryam são Joaquim (Yônâkhir – Eliaquim, da casa de Davi) e Ana (Dînâ – Hanna, filha de Finéias, da tribo de Levi).
E os pais de Yosseph são Jacó (Ya’akov, da casa de Davi) e Adbitá (Hadhbhith, filha de Eleazar, da casa de Davi). Isto é, Ya’akov é irmão de Yohakhir, e ambos filhos de Shlomon.
Conforme a genealogia apresentada por Lucas, José seria filho de Natã, o irmão de Salomão. E este seria outro erro, pois diz que Yeshua não pode ser confirmado em sua genealogia como sendo filho de um só ancestral, pois enquanto Matityahu diz que José é filho de Davi por meio de Salomão, Lucas apresenta José como filho de Davi por meio de Natã. E Lucas também menciona que o pai de José é Heli, enquanto que na verdade o pai de José é Jacó, conforme apresenta Matityahu. Algumas pessoas hoje em dia dizem que neste caso houve aplicação da lei do levirato, ou que Heli seria o Eliaquim, uma variação do nome do pai de Maria, Joaquim. Porém isto é mentira e é improvável, pois na lei do levirato o filho leva o nome do pai, o que não ocorre nas genealogias, e se Heli fosse o Joaquim marido de Ana, novamente Lucas estaria se contradizendo, pois Joaquim é descendente de Salomão.
A genealogia de Lucas está errada também pelos seguintes fatos: não há possibilidade de Natã estar na genealogia, pois a profecia foi feita a Salomão (1º Crônicas 22:9-10). E também mais a frente, em Lucas, mostrará Sealtiel como descendente de Natã, o que não ocorre em Matityahu e nem no Tanach, pois tanto o Tanach como Matityahu defendem que este mesmo Sealtiel é descendente de Salomão, por meio de Roboão.
Também há muitos erros na genealogia apresentada por Lucas com relação a nomes de gerações, por exemplo: em Lucas 3:36, Arfaxade é apresentado como sendo o pai de Cainã, e Cainã o pai de Salá, porém em todo o Tanach, Arfaxade gerou diretamente Salá, e não Cainã. Não há Cainã nesta genealogia, não existe esta pessoa! Em algumas bíblias mostra um ‘Admin’ em Lucas 3:33, onde na verdade não existe esta pessoa em todo o Tanach, e há bíblias modernas que não o trazem mais.
Assim, conclui-se que estas genealogias cristãs são falsas, e não existe conciliação entre Matityahu e Lucas.
Matityah 1:18-25
Como Yeshua é filho biológico de Yosseph, e é evidente que os primeiros escribas cristãos adulteraram os textos desta passagem, a forma original deste texto é esta, levando em consideração que se deve retirar os versos acrescentados, na qual são contradizentes com o original.
Em Matityahu 1:17 é apresentado um certo número de descentendes, sendo divido em 14,14,14, aplicando-se a Yeshua, dizendo que, por sorte, os ancestrais de Yeshua são justamente 42 gerações. Esta quantidade de gerações que são encontradas como sendo escritas por Matityahu não tem baseamento verídico algum. No Tanach as gerações que constam nas genealogias destes descendentes são muito maiores do que as que se encontra no Evangelho de Matityah. Efrem da Síria em sua obra Caverna dos tesouros também cita um número maior de gerações, concordantes com o Tanach, a respeito dos pais de Yeshua.
No Tanach, por exemplo, mostra Pedadias, que é o pai de Zorobabel, e este não foi listado por Matityahu (Divrê Haiamim alef 3:17,18,19). Zorobabel por outro lado, não é filho de Sealtiel, mas neto de Sealtiel, ainda que o Tanach o apresente com a expressão ‘filho de Sealtiel’. Também Yehoram não gerou diretamente a Uziyahu, como apresenta Matityahu, mas antes, gerou Acaziyah, que gerou Yonah, que gerou Amaziyah, e que então gerou Uziyahu. Você pode conferir no Tanach como na obra de Éfrata da Síria.
Desta forma, os hegeres também tentam usar deste erro para querem dizer que falta 1 (um) descendente apenas na genealogia de Matityahu e com isto traduzem equivocadamente Yosseph como pai de Miryam, tomando como base um texto que não é o original.
Em Matityahu 2:1-23 narra uma história que diz respeito a vários acontecimentos em Israel por causa de Yeshua, enquanto este era ainda menino. No atual texto de Mateus usado pelo cristianismo esta história se encontra presente na passagem 2:1-23. Ela relata a existência de alguns magos que teriam visitado Yeshua enquanto criança e lhe trago presentes: ouro, incenso, e mirra. Já de início sendo a história contrária aos costumes judaicos (Shemôt 22:18) ela não é comprovada por nenhum outro documento, exceto os evangelhos apócrifos do Novo Testamento.
Conforme análises, estes versos possuem ligações diretas com a um simbolismo antigo da constelação dos três reis que apontam para uma estrela na constelação de virgem. Os cristãos interpretam estes versos como um cumprimento de um suposta profecia messiânica no livro de Tehillim 72.10. Porém, o rei mencionado pelo Tehilim possui filho (verso 1), e conforme o próprio contexto do livro de Tehillim, isto se passa em um reino bem estabelecido recebendo tributos o que não ocorreu em nenhum dos dias de Yeshua. Vale também ressaltar que os presentes não viriam apenas do oriente (Sabá e Seba) mas também do ocidente (Társis e as ilhas).
Matityahu 2:13-23
As profecias citas nestas passagens do livro de Matity6ahu não são messiânicas. Os fatos mencionados contradizem outros evangelhos, e são omissos pelos mesmos que descrevem em detalhamento. Não é narrado por nenhum outro evangelista ou historiador da época e ausente na tradição oral o massacre das crianças. E Yochanan há Matvil, segundo Lucas, nasceu com diferença de seis meses de Yeshua e na mesma região e em uma cidade de Yehudá. Se tal massacre realmente ocorreu naquela região, Yochanan também teria morrido, pois tinha uma idade próxima de Yeshua com uma variação de seis meses e nascera na mesma região.
A profecia em Yrmyahu 31:15 não se refere ao Messias, haja vista o choro de Rachel se referir à dispersão do povo de Israel e de Yehudá, que foram levados de sua terra para serem servos em terras estrangeiras. Sendo que o verso 16 deixa isto bem claro. Outra profecia que não é levada em conta dentro do seu contexto no Tanach é a profecia de Oshea 11:1 citada no evangelho, o que não é uma profecia messiânica. O verso é comum no Tanakh usado por Elohim para lembrar seu povo que lhe tirou da servidão do Egito.
Nos últimos versos do capítulo 2 do evangelho de Mateus usado pelo cristianismo consta dizendo que Yeshua teve de residir em Nazaré para cumprir uma profecia. A profecia de que se referem são as que narram que o Mashiach será chamado Netzer, onde na verdade se refere as qualidades pessoais, e não a localidade territorial. Quando é apresentado em Matityah que Yeshua teve de residir em Nazaré para se chamar renovo, anula-se a veracidade da profecia. Desta forma, estes versos indicam-se claramente como sendo alterações textuais para implantar mitologias e histórias na vida de Yeshua.
Matityahu 3
O Evangelho de Matityahu Ebionita mostra-se bem claro em relação aos outros textos de Matityahu. Enquanto o texto Ebionita, conforme a citação de Epifânio em Panarion 30:13:6, relata a transição temporal e a época dos acontecimentos. Os outros manuscritos de Matityahu relatam a expressão “E naqueles dias” causando contradição, pois a mesma afirmação “E naqueles dias” se deixada no texto do modo como se encontra deve ser entendida como ocorrente ainda na época de Herod, rei de Yehudá. Esta lacuna é preenchida com o verso Ebionita.
Os versos apresentados na restauração são encontrados como pertencentes ao Evangelho dos Ebionitas conforme relata Epifânio em Panarion 30:13,2,4,7-8, Lucas 3:15, nas citações de Justino Diálogo com Trifão cap.88, e Orígenes Comentário do Evangelho de João I, cap.32.
Neste capítulo do Evangelho de Matityahu é a primeira manifestação de Yochanan relatada pelo documento. A forma como Yochanan se apresenta tem como fundamento para se cumprir a profecia de Yesha’yahu 40:3. Aonde um mensageiro viria para anunciar o caminho de Yahvéh. Em Malakyah 3:1 também menciona o mesmo mensageiro. Porém, determinadas passagens do Novo Testamento tem insinuado que Yochanan é Elyah, mencionado em Malakyah 4:5.
A referência feita pelo Tanach de que Elohim enviará o profeta Elyahu, sendo simbólica, se aplica a um servo de Elohim que terá o carater e a missão semelhante à de Elyah, e que está destinado a aparecer antes do dia da vinda de Yahvéh. Ora, como o dia de Yahvéh ainda não chegou, o profeta Elyah não tem motivo para se revelar no momento. Pois conforme consta na profecia, o objetivo é para trazer a obediência a fim de que Yahvéh o receba em ordem.
Com respeito à afirmação de que Yochanan seja Elyah e que Elyah deveria aparecer primeiro do que o Mashiach é o seguinte: Elyah há de vir primeiro na vinda do Mashiach no que diz respeito a seu reinado, pois a profecia diz claramente que Elyah virá para restaurar o povo antes do dia da vinda de Elohim, a fim de que Yahvéh não os amaldiçoe. Ora, ao se dizer que Yochanan é Elyah, consequentemente se transgride a profecia, pois Yochanan morreu antes de restaurar o povo (Matityah 14:10-12). Também, conforme a passagem de João 1:21, o próprio Yochanan diz não ser Elyah.
Certa vez os discípulos de Yeshua perguntaram a ele com respeito a este assunto, e Yeshua lhes respondeu: “... em verdade Elyah virá e salvará todo o mundo”. (Mat. 17:11 Shem Tov).
A manifestação de Yochanan servia para que o Mashiach iniciasse sua missão, e para trazer sabedoria ao povo. A tevilá realizada por Yochanan não servia para remissão de pecados. Pois conforme a Torá o pecado se expia pelo sacrifício no Templo. Mas Yochanan os imergiam baseado na tevilá dos Essênios, onde tinham o costume de sempre se mergulhar em água corrente quando se inicia um convertido a fé judaica. Tendo como referência este costume, Yochanan aplica este banho em água corrente para aqueles que iniciavam uma nova etapa de vida. Isto não é mandamento da Torá, era apenas um costume que se estendeu. Não era o Mikvé relatado pela Torá e este costume de Yochanan não tem valor de salvação conforme é ensinado pelo Novo Testamento, mas era apenas um simbolismo.
Conforme consta em Matityah 3:11 (Shem Tov) Yochanan dizia: “Em verdade eu vos mergulho nos dias de arrependimento...”. E também em Mateus da versão cristã diz: “E eu, em verdade, vos batizo com água, para arrependimento;”, o que de fato não é mencionado que servia para ‘remissão de pecados’, conforme consta somente em Lucas 3:3: “para perdão de pecados”. Desta forma, vemos que estas heresias vieram novamente de Paulo de Tarso.
Os Essênios são estritamente corretos no seu sentido de mikvéh ou tevilá. Diziam eles, que um ritual cerimonial ou imersão não pode purificar o caráter do ser humano, mas somente uma plena mudança de atitudes. (Manuscrito Qs Col.).
Em Matityah 3:11 é mostrado como acréscimo ao apresentar um verso falso, contradizente a Yoel 3:1.
No evangelho de Mateus da versão cristã é narrado que quando Yochanan se encontra com Yeshua para o batizar, Yochanan diz: ‘eu deveria ser mergulhado por ti, e vens tu a mim’. Este verso é bem direfente na versão Ebionita, já que é bem explicativa o fato de haver duas pronúncias: 'eu hoje te gerei' e 'meu filho amado'. Porém, a versão cristã se contradiz em seu próprio verso seguinte, pois o fato de Yeshua ter sido Ungido após a imersão, contradiz isto, pois somente após ser ungido é que ficou revelado as pessoas ser ele o Ungido. Ademais, o texto do evangelho de João 1:31,33, deixa claro que Yochanan não conhecia Yeshua antes de sua manifestação. E que somente o reconheceu depois que o espírito de Elohim desceu sobre ele.
Muitas pessoas tem interpretado a passagem da tevilá de Yeshua erradamente, dizendo que o espírito de Elohim é uma pomba. Ora, o texto de Matityahu não diz isto, mas pelo contrário, diz que o espírito desceu como pomba. O poder de Elohim desceu de tal forma que lembra um pássaro quando desce do céu.
No Evangelho segundo Matityah texto hebraico consta a expressão “Malkut ha Shamayim”, que traduzido significa: “Reino dos Céus”. Esta expressão é usada pela tradição judaica como um eufemismo em lugar do nome sagrado de Elohim, pois a expressão “Reino dos céus” na verdade quer dizer: “Reino de YHWH”.
No Talmud Babilônico é mostrado que os judeus usavam a palavra “céus” ou “céu” como eufemismo para Yahvéh. The Babylonian Talmud Translated by Michel L. Rodkinson, 1918, Book 1, Vol. 1, Tract Sabbath, p. 47 and p. 52 and p. 348, and p. 361, and Book 3, Vol. V, Tract Pesachim, p. 80, and p. 104, and Book 3, Vol. VI, Tract Yomah, p. 107, and p. 116, and p. 117, and Book 3, Vol. VI, Tract Hagiga, p. 30, and Book 4, Vol. VII, Tract Betzah, p. 30, and p. 39, and Book 4, Vol. VII, Tract Succah, p. 31, and p. 74, and Book 4, Vol. VII, Tract Moed Katan, p. 31, and p. 32, and p. 33, and Book 4, Vol. VIII, Tract Taanith, p. 45.
No Evangelho segundo Matityah de Du Tillet, na passagem 1:19, consta duas letras hebraicas: יי, que foram escritas para significar ao nome de Elohim, YHWH, יהוה, e é a primeira ocorrência desta no documento. Sua Pronuncia é Yahwéh, adaptado para Javé. (Matityah 1:19,24; Clement of Alexandria, The Stromata, or Miscellanies, book V, chapter VI.; Questiones em Exodum cap. XV; Devarim 10:20; Yeshayahu 12:4.
No livro de Mateus 3:17, onde costa a frase: “Este é meu filho amado, em ti tenho aprazo”, foi devido a confusão feita pelos escritores ao relatar o ocorrido e os próprios pais da igreja confessam bem assim.
Nas citações de Epiphanius, conforme relatei em Panarion 30:13:2,4,7-8 consta que a frase era: ‘Eu hoje te gerei’. Justino, e Orígenes também concordam dizendo: ‘Tu és meu filho, eu hoje te gerei’. Tehillim 2:7.
Matityahu 4:1,22-24
Nos evangelhos de Marcos e João mencionam que Yeshua não jejuou conforme é apresentado pelo texto de Matityah.
Na citação de Epifânio em Panarion 30:13:2,4,7-8 consta que apresentava desta forma no Evangelho dos Ebionitas.
Matityahu 5:1-48, 6 e 7
O apóstolo Matityahu, nesta parte de seu documento começa a relatar alguns ensinamentos de Yeshua. Conforme Matityahu, Yeshua fala sobre algumas características morais, e que o homem que as tem possui um bem valioso. O direcionamento destas características relacionadas por Yeshua não se aplicam a gentios. Mas sim as características complementares que os justos (tzadikim) possuem, e, mais especificamente apontada para seus próprios discípulos, conforme a expressão: "...e disse-lhes...". Um idólatra pode, por exemplo, ser manso porém não herdará a terra.
A expressão sal da terra e luz do mundo usada por Yeshua nesta passagem tem como objetivo lembrar a seus discípulos que eles possuem responsabilidades para direcionar a retidão; e que, se eles tiverem vergonha ou perderem o vigor torna-se-ão insípidos. Nestes versos Yeshua está dizendo que não devemos viver sendo carregados pelos outros, e quando tivermos de tomar um ato nobre ou chamativo quando há pessoas a observar não se sentir coagido querendo se esconder. Pois as boas obras, que serão elogiadas e glorificadas por aqueles que as ver, é o melhor meio de se chegar a justiça.
Este texto também é relatado mais a frente quando Yeshua fala sobre a vaidade. Relatado pelas versões cristãs como capítulo 6. Já neste caso, Yeshua compara a prática da justiça com aqueles que praticam a justiça não pelo fato de ser correto mas para se vangloriar. Fazem as boas obras não porque é o justo a se fazer mas sim como um meio de alimentarem o yetzer hará à idolatria a si mesmos; tornando-os dependentes emocionalmente dos outros. Aquele que faz assim revela grande ausência da presença de Elohim dentro de sí, e acaba que por buscar aprovação alheia constantemente.
Yeshua também ensina que seu objetivo é praticar todas as leis da Torá e as que foram dadas pelos Neviim. Conforme sua sabedoria ensina que o ódio a seu próprio companheiro (o qual seria sem motivo) não passará por Elohim sem que seja julgado (Vaiykra 19:17-18). Assim também como a ofensa e humilhação ao mesmo, pelo mesmo motivo.
A prática da justiça para com o próximo é tão importante quanto a pratica das oferendas (referente as ofertas pacificas) do Templo, além de considerar que a vontade de cometer um adultério (através da luxúria) é uma iniciativa de adultério dentro de si mesmo (Mishlêi 6:25).
A prática dos juramentos falsos relatada no Talmud também é mencionada por Yeshua.
Yeshua também ensina que o homem deve ter consideração em certos momentos também para com seus inimigos, pois também o próprio Elohim ordenou na Torá: Shemot 23:4. (Devarim 18:13, Yeshua’yahu 55:8-11, Mishlêi 2:1-6). Em Shemuel alef 24 relata o exemplo de Davi haMelech.
O objetivo maior é ser perfeito (separado) como Elohim mandou.
Matityah 5:7,10-12
Os presentes versos são contraditórios. O verso 7 não consta na versão de Shem Tov e contradiz Tehillim 32:10. O verso 10-12 estabelece uma atitude maligna como bem-aventurança e justamente por algo desnecessário, pois o reino de Elohim não é dos que são perseguidos, mas sim dos que fazem por onde, independentemente se são ou não perseguidos. O verso seguinte prova-se sendo acréscimo devido a frase estar no presente. Tornando o ato impossível naquele tempo. O texto de Du Tillet trás o mesmo no futuro, mas conforme a característica do verso de du Tillet prova-se que este verso em Shem Tov é o mais antigo. Desta forma, o que houve foi que acrescentaram mais circunstâncias no verso e colocaram-no no futuro mais tarde. Haja vista não existir profeta algum sendo perseguido por causa do Mashiach.
Matityah 5:22
Esta passagem se prova como acréscimo ao aplicar duas punições diferentes para um mesmo ato, onde o último é pior do que um homicídio.
Matityah 5:27-28
A palavra hebraica no texto de Shem Tov para o que é comumente traduzido como 'cobiça' é 'yachmur' que significa "gamo". A palavra Gamo em sua tradução literal: Exprime a noção de aquele que se casa ou se une (ex.: endógamo), e neste caso o verso de Shem Tov sofreu alteração devido a estar contradizendo a Torá em Bereshit 1:28 e o mesmo verso da versão de Du Tillet. Na versão de Du Tillet consta a palavra "ta'avah" que significa literalmente 'concupiscência'. A palavra concupiscência expressa o desejo sexual imoderado para satisfazer a sensualidade. O que em outras palavras seria 'luxúria'.
Matityah 5:29-30
Suicídio? Estaria Yeshua incentivando o suicídio nestes versos? Se seguir este raciocínio terá de cortar tua cabeça também, pois é nela que encontras os sentimentos de sedução.
Matityah 5:31-32
O verso Mat. 5:31 se trata de duas palavras: "largar" (que se refere a perder o amor, despresar) e "enviando" referindo-se a expulsão, obrigando a emissão do escrito de divórcio, concluindo assim um divórcio. E no verso Mat.5:32 consta somente a palavra "largar". Ora, se para toda a atitude de abandono, se desse uma carta de divórcio (como ordena Mat. 5:32 de Shem Tov) então este verso contradiz Malaquias 2:16, que pelo contrário, incentiva a não abandonar. Este argumento de Mat. 5:32 presente em Shem Tov não pode ter sido dito por Yeshua pois é uma solução medíocre para um assunto importante, que é o casamento. A parte seguinte, ainda no verso 32 é contrária a Torá em Vaikra 20:10.
Matityah 5:37
Segundo o contexto Yeshua fala sobre juramento em falso (Shem Tov) e a parte “b” do último verso desta passagem gera ambiguidade no texto e anula o sentido de juramento.
Matityah 5:38-42
Os versos 38 à 42 foram retirados do Evangelho visto serem claramente acréscimos, pois estão sendo utilizados erradamente. Sendo o referido texto do Evangelho herege, visto estar apresentando uma ‘contra parte’ para anular a lei da Torá.
Matityah 5:43
Não existem na Torá.
Conforme já visto, os textos de Matityahu 5:12, 22, 32b, 27-32, 38-43, não fazem parte do texto original de Matityahu. Haja vista que a passagem de Matityahu 5:12 prova-se como acréscimo ao trazer o verso no futuro no manuscrito de Du Tillet, e Shem Tov o trás no presente; além de não haver nenhum profeta perseguido por causa do Mashiach. O verso 22 é ampliação posterior no texto, devido relatar duas punições distintas para um mesmo ato. A passagem de Matityahu 5:27-32 é contra Vaiykra 20:10 e também refuta Devarim 24 e Malakyah 2:16. Os versos 38-42 são claramente opositores a Torá em Shemot 21:24, e o verso 43 não existe dentro da Torá.
Matityah 6:13
O texto hebraico de Shem Tov na passagem de Mateus 6:13 diz o seguinte “... e não nos guie ao poder do teste (ou prova)”. No texto hebraico de Du Tillet na passagem de Mateus 6:13 consta: “...não nos leves a tentação...”. Os referidos versos dão a entender que Elohim não deve nos provar, e isto contradiz a Torá em Devarim 8:16; 13:4, assim como também o direito pessoal de Elohim.
A segunda citação é pertencente ao manuscrito de Du Tillet, e aplica o erro do homem a Elohim. Quando se diz que Elohim não nos deve deixar cair em tentação está se dizendo que a culpa pelo erro do homem na verdade é de Elohim, que permitiu que ele caísse em tentação. Onde na verdade Elohim constituiu o homem de vontade própria.
Em Matityahu 6:14 e 9:3-6 do manuscrito de Shem Tov é dito que os homens devem perdoar as iniquidades que os outros cometem. O texto hebraico ao dizer iniquidade, por consequência, revela que os versos 14 e 15 são acréscimos, pois só Elohim de Ysrael pode perdoar as iniquidades dos homens. Na passagem 9:2 de Shem Tov Yeshua diz ao paralítico que seus pecados foram perdoados por Elohim (sendo também relatado isto em Shemuel bet 12:13), e não que ele próprio (Yeshua) teria perdoado os pecados daquele homem.
Também no texto hebraico de Du Tillet, na passagem 9:2-4, consta que os fariseus e sábios que estavam presentes naquele lugar: “... diziam entre si...” que Yeshua estava blasfemando, e nos outros evangelhos como: Lucas 5:21 da versão Peshitta aramaica consta que havia “deboche entre eles, e argumentação em tom de voz audível”, com relação as palavras de Yeshua, que, possivelmente não teriam entendido o que ele disse e poderiam ter entendido que ele (Yeshua) estivesse dizendo estar perdoando os pecados daquele paralítico. Desta forma, o texto de Shem Tov que trás: “diziam em seus corações” não é o original.
Matityah 7:1-2
A passagem de Matityahu 7:1-2 onde menciona que não se deve julgar contradiz o Tanach em Devarim 1:16, Zakaryah 7:9, 8:16, 2º Crônicas 6:23, Yrmyahu 21:12; e contradiz os documentos do Novo Testamento em João 7:24, Atos 4:19, 1ª Coríntios 10:15, 11:13.
Em Matityahu, neste mesmo sermão, Yeshua também alerta para não errarmos em valorizar pessoas que são como porcos e cães, pois de qualquer forma, estas pessoas sempre se ensoberbecerão sobre você e te desvalorizarão depois de toda a ajuda que lhes prestou.
Em Matityahu 8:2 é encontra maliciosamente a palavra “adorou” dirigindo-se a Yeshua. A palavra que se encontra no manuscrito é contrária a Torá em Shemot 20:2-3.
Matityahu 8:12
O verso 12 é ilógico e sem fundamento.
No texto hebraico de Shem Tov na passagem Matityahu 8:20 consta o seguinte verso: “E lhe respondeu Yeshua: Para as raposas há covis, e para as aves ninhos, mas para o filho do homem, o filho da virgem, não há lugar onde colocar sua cabeça”. No presente verso é mostrado claramente o acréscimo católico, visto não constar em nenhum outro documento a referida expressão “filho da virgem” isto prova ainda mais que os católicos adulteraram o texto para forçar a doutrina do nascimento virginal.
Matityah 9:14-17
Esta passagem é uma tentativa de infiltrar a doutrina da divindade de Yeshua, na qual tem o fim de por Yeshua no lugar de Elohim.
Matityah 9:18
Aqui consta novamente o acréscimo "adorou" contradizente com a lei judaica.
Matityah 11:28-30
O verso de Mat. 11:28 é incoerente e ilógico. Conforme Tehillim 110:3 Yeshua receberá sua herança de Mashiach somente quando der início a seu reinado. A autoridade do Mashiach é referente apenas a terra. Mat. 11:30 é contrario a Mat. 7:13-14.
No texto hebraico de Matityahu 10:2 de Du Tillet consta: “E os nomes dos doze mensageiros são: primeiro, Shimon, chamado Kefá, e Andreah seu irmão.”. No texto hebraico de Matityah 10:2 de Shem Tov consta: “Estes são os nomes dos doze mensageiros chamados apóstolos; Sh’mon, chamado Petros, e Andrea seu irmão”. O verso no texto de Shem Tov possui influencia grega. A expressão ‘apóstolo’ em designação aos discípulos de Yeshua no texto de Matityah é de origem grega, e surgiu tempos depois, porque logo em seguida vemos a palavra “Petros” em designação a Kefá, sendo esta de origem grega, e seu nome autêntico sendo hebraico. Também no texto hebraico de Du Tillet consta a forma original: “Yehudá”.
Matityah 10:4
No texto hebraico de Du Tillet consta a forma original: “Yehudá”.
Matityah 10:15
Contradiz Bereshit 18:25.
Matityah 10:20
No texto hebraico de Du Tillet consta "vosso".
Matityah 10:24
O verso 24 consta desta forma no Evangelho dos Ebionitas conforme prescreve Tertuliano, Contra todas as Heresias III.
Matityahu 10:38-39
Esta passagem expressa contradição com as passagens de Dt 16:20; Mat. 5:17-20; e 7:21-23. Yeshua não pode conceder vida eterna a ninguém, este papel pertence somente a Elohim.
Umas das passagens polêmicas a respeito de Yeshua é a suposta afirmação de que ele transgrediu o shabbat. Isto não é verdade. Em Matityahu 12 do manuscrito de Shem Tov mostra que o texto é bem diferente, e o verso onde diz que o filho do homem é dono do shabbat é um acréscimo. Pois no evangelho de Matityahu de Shem Tov diz: “o homem e dono do shabbat” e na peshitta antiga, o verso de Marcos 2:27 não existe. E isto revela que passagens deste tipo foram sendo acrescentadas gradativamente para se ter base em transgredir o mandamento de Elohim em Shemot 20:8-11.
O verso do texto de Matityahu 12:17-21 é acréscimo descarado no texto e sem nenhuma reflexão. Esta profecia de Yeshayahu (Isaías 42) refere-se claramente ao Olan HaBah e por consequência não tem ainda nenhum cumprimento. Na passagem de Matityahu 12:31-32 existe uma contradição com o Tanach. A passagem diz que quem blasfemar contra o “espírito” não receberá perdão de pecado. Onde na verdade não existe pecado imperdoável, pois o referido verso contradiz Ezequiel 18:9,28; e 33:16. Onde também também o espírito de Elohim não é uma pessoa, como pensam os pagãos, para que se fale contra.
Os primeiros versos encontrados no capítulo 10 do evangelho dos Ebionitas é restaurado utilizando o fragmento que constava no texto dos primeiros Ebionitas. Consta em Panarion 30:13:2-3 relatado por Epifânio estes versos como parte do evangelho dos Ebionitas.
Em Matityahu 13:55 no texto hebraico do Evangelho de Matityahu de Du Tillet e Shem Tov consta “ferreiro” e não "carpinteiro". O mais provável é que tenha ocorrido uma confusão por parte dos tradutores com a semelhança entre as palavras ‘ferreiro’ e ‘carpinteiro’ em hebraico.
Matityahu 15:10-20
Netilat Yadayim é um ritual feito de acordo com a Tradição dos anciãos de lavagem das mãos antes das refeições. Lavar as mãos é higiênico, e não tem nada de errado nisto. A passagem v.10-20 certamente foi acrescentada pelos primeiros católicos para inserir no texto uma desculpa para transgredir Vayikra 11. Pois o real contexto desta passagem se trata da falta de autoridade dos fariseus para quererem exigir obediência dos discípulos de Yeshua sendo eles próprios transgressores de leis mais importantes. E este fato é comprovado quando é relatado nesta passagem que Yeshua de imediato revidou o questionamento deles citando a profecia de Yeshayahu. Dizendo que eles respeitavam mais as tradições do que a lei de Elohim.
É também de se considerar que, além de alguns dos discípulos de Yeshua serem esquecidos e desatentos (Mat. 16:5) não é encontrado Yeshua transgredindo a Netilat Yadayim.
Os versos de Matityahu 16:18-19 dizem que Kefá recebe de Yeshua as chaves do reino, para ser o sucessor de Yeshua. Ora, isto é falso, pois antes mesmo de Yeshua morrer ele não tinha autoridade para tal coisa, visto estar em período de aprovação, e ainda não ter sido declarado Rei sobre Israel. Sendo também que esta declaração é contraditória aos fatos. O próprio verso 21 (que nas bíblias comuns é 23) informa que as ‘portas das trevas’ prevaleceram contra Kefá. No livro de Atos dos Apóstolos 21:18, no livro História Eclesiastica XXIII:4-5, e também na carta de Kefá a Ya’akov o próprio Kefá menciona claramente que Ya’akov é o líder sucessor de seu irmão Yeshua.
Sendo assim, esta passagem é acréscimo por parte do cristianismo para abafar a imagem de Ya’akov, por sua judaicidade (Gálatas 2:12), a fim de dizer que Kefá era a favor de Paulo, e que ‘Pedro e Paulo’ fundaram a igreja em Roma - (Irineu em Contra Heresias 3:1:1).
Matityah 16:28
O presente verso é falso, visto ser contraditório aos fatos.
No judaísmo, yetzer hara (hebraico: יצר הרע) significa "inclinação ao mal" e refere-se à inclinação para fazer o mal, por violar a vontade de Elohim. O termo é tirado da frase "a imaginação do coração do homem é má" (hebraico: יֵצֶר לֵב הָאָדָם רַע, yetzer lev-ha-adam ra), que ocorre duas vezes no Tanakh (Bereshit 6:05 e 8:21).
O yetzer hara não é uma força demoníaca, mas sim do homem mau, no uso das coisas que o corpo físico necessita para sobreviver. Assim, a necessidade de alimentos torna-se gula devido ao yetzer hara. A necessidade de procriação se torna abuso sexual, e assim por diante.
O ponto mestre para a dominação do yetzer hara é a aceitação total do amor a Yahvéh de todo o coração, de toda a alma e de todo poder. O ser humano tende normalmente a resistir este amor justamente quando permite que suas vontades (yetzer hara) elevem-se com força a resistir em pé de igualdade com as de Elohim. Isto causa a transgressão. Este tipo de força é que motiva o yetzer hara, e ela pode ser chamada de "Id".
O id seria a fonte da energia mental. É formado pelas pulsões - instintos, impulsos orgânicos e desejos inconscientes. Funciona segundo o princípio do prazer (al. Lustprinzip), ou seja, busca sempre o que produz prazer e evita o que é aversivo. O id não faz planos, não espera, busca uma solução imediata para as tensões, não aceita frustrações e não conhece inibição. Ele não tem contato com a realidade, e uma satisfação na fantasia pode ter o mesmo efeito de atingir o objetivo através de uma ação concreta. O id desconhece juízo, lógica, valores, ética ou moral, sendo exigente, impulsivo, cego, irracional, antissocial, egoísta e dirigido ao prazer.
Desta forma, quando Yeshua ha Netzaret ensina a seus discípulos que: "Se alguém quiser vir após mim, que despreze a si mesmo pegue o seu madeiro e o seu travessão, ofereça-se a morte e siga-me; Que proveito há para o homem ganhar todo o mundo, porém perder a sua vida para sempre? Que bem dará este homem de si mesmo das riquezas presentes em recompensa por sua vida no dia da Guehenon?". Ele fala justamente da renuncia a esta força (pela auto-motivação) para poder tomar somente as atitudes corretas, e não as que impulsionem somente para o prazer instantâneo e não pensa nas consequências e nem está interessada em justiça.
Pois a expressão "vir após mim" significa "ser meu sucessor", ou seja, deve fazer o que eu faço!
Matityah 17:3-4
O presente verso é falso, contradiz Devarim 18:11.
Matityahu 17:21
Nos escritos do Novo Testamento contém vários versos que dizem que Yeshua e seus discípulos praticavam jejum, e oravam, porém nunca no intuito de expulsar demônios, ou obter poder. Nos escritos Alexandrinos não consta a palavra jejum, e no Codex Sinaiticus não consta este verso.
Matityah 18:19
Texto acrescentado para dar base a onipresença atribuída a Yeshua pelos pagãos que o endeusaram, na qual foi oficializado no cristianismo no século 4°.
Matityah 18:28-29
No texto de Du Tillet consta assim. Este texto de Shem Tov se mostra realmente incompleto, visto apresentar confusão no sentido quando é lido no sentido real da história.
Matityah 19:3-12
Moshê nunca mandou divorcia por ‘qualquer’ motivo. A passagem de Devarim 24 é clara ao dizer “ervat davar”. A palavra do texto hebraico de Matityahu referente é "Zenut" que possui o significado de: prostituição, fornicação ou adultério; mesmo termo uso nos escritos gregos como 'pornea'. Desta forma, isto entrega que o verso é acréscimo contradizendo a Torá em Bereshit 38:24, Vaiykra 20:10. Também o divórcio não foi inventado por Moshê, e antes mesmo de Moshê o divórcio já era algo conhecido.
Unicamente no texto de Shem Tov contém no verso 12 o dito que os eunucos não tem pecado, sendo em fato, outra contradição. A passagem que segue nestes versos a respeito dos eunucos é uma tentativa de implantar no evangelho uma base para a doutrina católica de que os líderes são proibidos de se casar. E que a castidade é algo de Elohim. Sendo esta doutrina contrária ao mandamento de Elohim, não pode fazer parte do evangelho, visto também ser contrário a sua própria natureza.
Matityah 19:17
A contradição evidencia a mentira. Yeshua varias vezes se chama de bom, e fala com relação a outros justos como pessoas boas (Mt 2:10, 7:15-17, 10:11 (12:35), Lc 3:9), portanto esta passagem contradiz tudo o que possui no Evangelho até ali, e não há possibilidade de fazer parte do texto original nem das palavras de Yeshua.
Matityah 19:18-30
No texto hebraico de Du Tillet consta a palavra “Há’El”. Os versos que se seguem contradizem as passagens Matityah 5:17-20, 10:8,10. A Torá não proíbe ao homem ter riquezas. A única coisa que Elohim ordena em relação à riqueza do homem rico é que ele direcione sua riqueza para o bem do seu reino (Devarim 6:5), se for necessário compartilhar a riqueza com alguém que está precisando ou fazer com que o pobre aprenda a ter o que se sustentar, mas nunca tirar de um e dar a outro (Lucas 10:29-37). Não há razão alguma para o rapaz perguntar “que me falta?” se ele de fato estivesse guardando os mandamentos.
A questão dos ‘doze tronos’ é contraditória, pois Yehudá se mata na véspera do Pessach, não podendo fazer parte deste rol. Também estas declarações estão ligadas a declaração do verso 21.
Segundo menionado no capítulo 20 do evangelho de Matityahu de Shem Tov e Du Tillet, relata-se a história dos trabalhadores da vinha, onde, os últimos trabalhadores receberam o mesmo salário que receberam os primeiros trabalhadores, havendo a ambos diferentes cargas horárias. Algumas pessoas dizem que esta passagem é ilegal ou injusta. Porém, conforme a narrativa do texto, é mencionado claramente que o dono da vinha exerceu um ato de caridade a seus últimos trabalhadores. Haja vista, que segundo o evangelho, estes últimos trabalhadores estavam desempregados e vagando pelas praças e mercados, podendo estar falto de mantimentos e necessidades diárias, nisto pode ter tido a complacência a estes últimos trabalhadores. Vale ressaltar que o fato ocorrido foi em apenas um único dia. E tendo se especificado, o dono da vinha, que a equiparação salarial deste dia foi um ato de caridade e não a algo que fosse de direito daqueles, o dono da vinha fica isento de culpa em relação a seus atos neste verso.
Conforme as palavras de Yeshua, quando esta parábola se compara ao reino de Yahvéh, se compara em relação ao recebimento do Olan Habah. Pois Elohim, sendo também bondoso, entregará o Olan HaBah não somente aos servos que lhe servem (ou serviram) desde seu nascimento, mas também aos convertidos. Conforme Yeshayahu 56:6-7.
Matityah 21:9
Jerônimo citando Mateus 21:9, em Carta ao Papa Damaso, Prefacio dos Evangelhos, cita נא הושיעה que transliterado é: “Hoshia na”. No Evangelho de Shem Tov, e no Evangelho de Du Tillet constam: “bendito o que vem em nome de YHWH”. No evangelho de Du Tillet diz “filho de David”. Jeronimo, além disto, cita que o manuscrito original tinha as palavras: Hoshiana nas alturas; e vemos que estes versos ficaram preservados no texto de Du Tillet.
Matityah 21:26-30
Conforme esta passagem diz-se que para preceder os discípulos de Yeshua no reino é necessário apenas crer em Yochanan. Isto se contradiz pois o verso diz que eles não deixaram de ser meretrizes e violentos.
Matityah 21:43
O Reino de Elohim ainda não foi dado a ninguém, pois o reino só será concedido no Olam HaBah. Está passagem é uma introdução herege para fundamentar a doutrina da substituição, o que vai, não só contra a Torá, mas contra os profetas, como por exemplo Zakaryah 8:23.
Matityah 22:13
Esta passagem (ali haverá prato e ranger de dentes) do texto de Matityah de Shem Tov contradiz o Tanakh em Cohélet 9:5-6.
O verso de Matityahu 22:24-30 contradiz a passagem de Yeshayahu 11:6,8; e 66:23-24.
No Evangelho de Matityahu de Du Tillet, Shem Tov e Munster na passagem 22:28-32 é mencionado que os homens no mundo vindouro se tornarão como os anjos de Elohim, e não se casarão. Esta passagem é claramente contrária ao plano de Elohim. E conforme as passagens Yeshayahu 11; e 66:23-24 mostra claramente que todas as pessoas na qual herdarão o Olan Habah continuarão sendo carne (humanos), pois são humanos, descendentes de Adam.
A passagem de Matityah 22:38-40 consta assim em Marcos 12:28-32.
Matityah 22:41-46
A passagem de Matityah 22:41-46 do evangelho de Matityah é puramente escrita por um leigo cujo nome não é Matityah. Pois somente um leigo em judaísmo não saberia responder esta pergunta. Todos os judeus, ainda mais fariseus, sabem muito bem sobre a profecia de Samuel no que diz respeito a Davi, até porque o próprio escritor registrou que esta é a posição judaica. Também consultando as tradições podemos ver que eram os fariseus quem mais defendiam que o Mashiach seria da descendência de David, e isto logicamente o faziam através da profecia de Shemuel.
Matityahu 23:7-10
No judaísmo um Rabino é um título usado para distinguir aquele que ensina, aquele que tem a autoridade dos doutores da Torá ou aquele apontado pelos líderes religiosos da comunidade.
Um rabino é simplesmente aquele que é maior por seu conhecimento, e por isso é capaz de ensinar a outros, de menor conhecimento.
Na passagem de Matityahu 23:7-10 diz erradamente que Yeshua repudia o título de Rabino. Isto é contraditório, pois nos outros evangelhos Yochanan também era chamado de Rabino. O real objetivo de Yeshua na passagem de Matityahu 23:7 diz com respeito à vaidade no título e não ao abandono do título. E isto podemos ver ao citar "..fazem sua obras para agradar aos olhos...". Em Matityah 5:17 e 28:19 Yeshua, em outras palavras, ordena que seus discípulos sejam Rabinos. A passagem de Matityahu 23:7-10 também apresenta outro erro, ao dizer no verso 9º (nono) uma contradição com a Torá em Shemôt 20:12 e Devarim 5:16. Onde um homem não pode chamar seu pai de pai.
Os versos a respeito do cumprimento das palavras de Yeshua e da vinda do seu reino naquela mesma época em hipótese alguma tem a possibilidade de se atribuírem a Yeshua, pois o próprio disse a seus discípulos que não estabeleceria o reino de Yahvéh naquela geração, no livro de Atos 1:6-7.
O critério apresentado nesta passagem contradiz Matityahu 5:17-19, e Matityahu 7:21-24 do manuscrito de Shem Tov e das versões cristãs.
Em Matityahu 26:6 na versão hebraica consta leproso, na versão grega consta leproso, a versão aramaica consta a palavra Grb. Sendo o aramaico escrito sem vogais, esta palavra pode significar: leproso e oleiro. Neste contexto, este homem possívelmente era um oleiro. Pois a Torá ordena o isolamento de uma pessoa com lepra do meio de Israel. Uma pessoa com lepra não pode ficar dentro de uma casa habitada. Vaiykra 13:45,46.
Matityahu 26:17-28
No evangelho de João, não é mencionado á instituição da eucaristia, santa ceia, ou celebração do pessach por Yeshua. Embora o autor do evangelho de João tenha a noção de se comer a carne e beber o sangue de Yeshua (João 6:33-58) não relatou este evento e conforme as passagens de João 13:1,29 e 18:28 comprovam que o jantar de Yeshua com seus discípulos não era a festa de pessach.
Yeshua não instituiu a santa ceia ou eucaristia. Pois se Yeshua tivesse realmente instituído a eucaristia ou santa ceia, o autor do evangelho segundo João relataria este fato tão importante para o cristianismo, pois seu autor o escreveu especialmente para combater os Ebionitas (Jerônimo em De Viris Ilustribus, João). Portanto, o que ocorreu, foi que acrescentaram estes versos no evangelho de Matityah para reforçar a doutrina de que Yeshua instituiu a nova aliança.
Em todos os manuscritos de Matityah encontrados não menciona a ordem “fazei isto em memoria de mim”, porém somente em Lucas e em Coríntios. Desta forma, comprova-se que a ideia de que a nova aliança já aconteceu e que abole a aliança feita por Elohim a Moshê vem somente dos escritos de Paulo de Tarso, que relatam esta doutrina. Outro fato é que conforme Marcos 16:1 e Lucas 23:56 é mencionado que os seguidores de Yeshua celebraram a festa somente depois de sua morte. Outra prova de que o texto é acréscimo é que no verso 17 há contradição com o verso 20.
Matityahu 27:51
O terremoto não é relatado por nenhum dos outros evangelhos. A passagem onde consta que o parokhet (véu) do Templo foi rasgado sozinho por consequência da morte de Yeshua com o objetivo de findar os sacrifícios de animais é falsa. Pois vemos em todo o livro de Atos dos Apóstolos, e principalmente em 21:20-24, que os discípulos de Yeshua apresentavam sacrifícios de animais, porque faziam voto de nazireu e sacrificavam no Templo as ofertas requeridas na Torá. E inclusive tinham a maior preocupação com respeito a isto, conforme vemos em Atos 21:20-24.
O sacrifício de Yeshua não veio para abolir os de animais, pois o sacrifício de Yeshua veio para proporcionar à expiação de pecados a mão levantada, onde não há expiação através da ordenança da Torá. Yeshayahu 53.
Matityah 27:51-66
No texto de Shem Tov é dito que os corpos dos santos mortos saíram dos túmulos por consequência do terremoto. Porém, isso é impossível devido aos corpos naquele tempo já estarem deteriorados. Em Marcos 15:39 consta que o Centurião disse que Yeshua era filho de Elohim devido a ter sido morto logo que exclamou, e não pelos supostos acontecimentos (terremoto, veu se rasgando, etc.). Assim conclui-se que estas passagens de Matityahu são acréscimos. Na qual não são relatadas por Marcos, Lucas nem João. Em Marcos 16:1-2 relata que um dia depois do feriado de Pessach as mulheres compraram aromas, isto é compraram na sexta-feira, e no texto de Shem Tov 27:62 mostra que foi um dia depois do pessach. No outros evangelhos é ausente a história dos guardas no tumulo, e a mesma história é considerada por muitos estudiosos como lenda apologética. Depois do shabbat, no primeiro dia da semana foram as mulheres ao sepulcro.
Resultando a conclusão assim:
E passando o feriado, Miriyam de Magdala, Miriyam, mãe de Ya'akov, e Shlomit, compraram aromas para irem ungi-lo. Consta desta forma por Marcos 16:1.
Os respectivos versos não são levados em conta porque é devido à má compreensão e ignorância com respeito a história de Yeshua que os cristãos ensinam que Yeshua morreu numa sexta-feira, e não numa quarta.
Matityahu 28:2
No texto hebraico de Du Tillet consta: “grande tremor”, e no texto de Shem Tov consta “terremoto”. O terremoto ou tremor é ausente em qualquer outro documento religioso.
Conforme análise, os versos 1 e 8 do capítulo 28 de Matityahu de Shem Tov são praticamente identicos aos versos de Marcos 16:2, e 16:8. Desta forma, para que se tivesse base a um terremoto, um escriba pode ter acrescentado o evento do mensageiro nos verso 2-6 do capítulo 28 de Matityahu.
Quarta ou Sexta?
Segundo a doutrina estabelecida no cristianismo, Yeshua (Jesus) teria sido morto numa sexta-feira e ressuscitado no domingo seguinte.
Porém, conforme Mateus 12:24, Yeshua diz que na sua morte (véspera do Pessach) ele permaneceria morto 3 dias e 3 noites. Desta forma a morte de Yeshua na sexta-feira e ressurreição no domingo de manhã não são verdadeiras pois não completam 3 dias e 3 noites. Se Yeshua tivesse sido morto na sexta-feira, ele teria de ressuscitar na noite de segunda-feira para ter de concluir o período de 3 dias e 3 noites.
Algumas pessoas dizem que a expressão "3 dias e 3 noites" não são dias inteiros, mas sim dias simbolicos, e que na verdade ele ficaria somente 3 dias (sexta, sábado, domingo) no túmulo.
Porém, esta afirmação também não procede, pois nos evangelhos relatam que quando as mulheres foram ver o tumulo Yeshua já tinha sido ressuscitado. E no evangelho de Marcos 16:1 relata que após o feriado de Pessach as mulheres seguidoras de Yeshua foram comprar aromas para ungi-lo, e a data para elas poderem comprar estes aromas só pode ser a sexta-feira, pois no Pessach o comércio em Israel fecha devido a ser shabbat. Também no evangelho de Matityah de Shem Tov menciona que os fariseus foram a Pilatos um dia depois do feriado de pessach, o qual é na sexta-feira. Isto prova claramente que Yeshua não morreu numa sexta-feira, pois ao ter sua ressurreição no final do sábado deixa-se claro que sua morte ocorreu na quarta-feira para se completar o período de 3 dias e 3 noites, onde, caso tenha sido morto numa sexta-feira nem mesmo o período dos '3 dias simbólicos' seriam cumpridos. A passagem de Marcos 16:9-20 é acréscimo e confessada pelo próprio cristianismo.
Conforme estudos cronológicos a data do 1º dia de Pessach daquela época caiu na quinta-feira. Sendo assim, Yeshua tem sua morte na quarta-feira, e sua ressurreição no final do shabat.
Os cristãos também confundem a palavra sábado (shabat) presente nos evangelhos. Nos documentos que narram à historia de Yeshua, nas traduções em português, encontram-se versos dizendo: “na véspera do sábado”. Ora, o “sábado” especificado nos evangelhos é o feriado de Pessach, que é um shabat (sábado). Na cultura judaica, todas as festas/feriados são chamados de shabat ou shabatot, e não somente o shabat que cai no sétimo dia da semana. A palavra “sábado” vem da transliteração desta palavra “shabat” do hebraico, para as línguas latinas, e significa: descanço.
Portanto quando há ocorrência da palavra “sábado” nas bíblias em português, não significa obrigatoriamente que este dia seja o sábado que cai no sétimo dia da semana. Deve-se examinar o contexto para saber em qual dia se trata.
Matityah 28:17
Em Matityah 28:16 de Du Tillet e em Lucas 24:33 constam: “onze”. No texto de Shem Tov consta “doze”. Esta expressão pode ser erro de algum escriba, pois Yehudá, estando morto, não pode haver doze.
Mateus 28:18
O presente verso, narrado em Matityahu 28:18 dos evangelhos de Matityahu é falso e contraditório. E isto se explica simplesmente pelo seguinte fato: conforme o Tanach, o Mashiach receberá autoridade somente quando ele for dar início a seu reinado. E as passagens de Tehilim 110:3, e Daniel 7:13-14 deixam isso bem claro.
Mateus 28:19
Este é o verso mais polémico e debatido do Novo Testamento.
Primeiramente, a expressão: “em nome do pai, do filho e do espírito santo” é errônea simplesmente pelo lado lógico, sem entrar na questão dos “textos antigos”. Pois Yeshua, sendo educado na cultura judaica, sabe muito bem que um “espírito” não é um ser pessoal para que se tenha nome próprio, como pensam os gregos, e os restantes dos pagãos. Ora, a resposta é clara, e evidente, quando analisada pela cultura judaica.
Mas o que diz os outros documentos antigos?
No Evangelho segundo Matityah de Shem Tov, a passagem de Matityah 28:19 diz o seguinte: “... Vão vocês e guardem eles a estabelecerem todas as palavras que eu ordenei a vocês para sempre”. Não menciona texto algum relacionado a doutrina da trindade, ou a tríade de deuses. Haja vista que a passagem referente a trindade no Evangelho segundo Matityahu só apareceu no Concílio de Nicéia, 325d.C.. Ora, isto prova que os cristãos alteraram a passagem do texto de Matityahu para dar base a heresia da trindade, e inventaram o verso trinitário e o puseram no texto de Matityahu. Portanto, a passagem do Evangelho de Mateus 28:19-20 dos cristãos é um acréscimo, e a passagem de Matityahu 28:19 de Shem Tov é a frase original das palavras de Yeshua a seus discípulos, visto estar relatando uma fala final.
Se a passagem de Mateus 28:19-20 dos cristãos, na qual se refere a trindade, fosse verídica, Lucas certamente a teria relatado.
Verso final
No Evangelho segundo Matityahu de Shem Tov, na passagem 28:19 é encontrado um pronome pessoal: “eles”, conforme o verso:
“... e guardem eles a estabelecerem todas as palavras que eu ordenei a vocês para sempre ”. (Matityahu 28:19).
Este pronome está apontando para certas "pessoas" na qual foram mencionadas verbalmente por Yeshua a seus discípulos. Segundo o verso citado, esta ordenança refere-se a uma prática de sucessão, quando uma pessoa passa todos os seus conhecimentos a outra. Portanto, este verso certamente se aplica a todas as pessoas na qual são seguidores de Yeshua.
Nas citações de Eusébio de Cesareia, segundo seus escritos, são encontradas diferentes versões que supostamente seriam o texto do Evangelho segundo Mateus 28:19:
Uma delas menciona assim: “... fazei discípulos em todas as nações em meu nome.” E, outra delas, menciona assim: ‘Ide e fazei discípulos de todas as nações em meu nome, ensinando-os a observar todas as coisas, tudo o que eu vos ordenei’.– (Novum Testamentum Graece", Nestle e Aland, 25º edição).
Estas citações de Eusébio de Cesareia são semelhantes aos versos encontrados em Lucas 24:46-47.
Assim, estas passagens citadas por Eusébio de Cesareia são versões adaptadas por ele mesmo através de uma conclusão que ele teve ao ler os manuscritos de Lucas 24:46-47 e Mateus 28:19. Quando chegou o Concílio de Nicéia, Eusébio de Cesareia, segundo seus escritos, passa a escrever a frase que hoje se encontra no texto de Mateus 28:19 utilizado pelos cristãos, assim: “... batizando-os em nome do pai do filho e do espírito santo”.
Portanto, prova-se que o texto do Evangelho de Mateus usado pelo cristianismo é uma versão alterada pelos cristãos antigos para dar base as suas heresias.
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